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Mar 13, 2021 - 3 minute read

Velázquez chegou, viu e venceu

Por Daniel Faria Foi chegar, ver e vencer para Julio Velázquez, que estreou-se ontem no banco do Marítimo com uma vitória no dérbi madeirense, por 2-1, após estar a perder por 1-0 no final dos primeiros 45 minutos. O novo treinador dos verde-rubros chegou na quarta-feira, sentou-se ontem no banco de suplentes e saboreou já o primeiro triunfo ao serviço do Marítimo e logo diante do eterno rival.

Ainda sem grande conhecimento da equipa, Velázquez mostrou-se sempre muito interventivo, vendo a sua equipa responder à desvantagem, operando uma grande segunda parte, com Rodrigo Pinho a regressar para acabar com a série de oito jogos sem vencer do Marítimo, apontando o ‘bis’ que deu ontem o saboroso triunfo verde-rubro na Choupana, num dérbi marcado pela aflição, onde o Marítimo encontrou algum oxigénio, enquanto o Nacional continua em asfixia, somando a quinta derrota seguida na Liga.

O Marítimo capitalizou assim da melhor forma a estreia do técnico espanhol Julio Velázquez e ‘arrancou’ uma preciosa vitória no terreno do seu eterno rival, com uma reviravolta na segunda metade, com os golos de Rodrigo Pinho, após Kenji Gorré ter adiantado o Nacional já perto do intervalo.

Com este desfecho, o Marítimo abandona o último lugar da classificação, alcançando os mesmos 21 pontos do Nacional, que somou a sua quinta derrota consecutiva, tendo os verde-rubros voltado às vitórias nove jogos depois.

No 40.º dérbi entre as duas equipas no escalão principal e depois de na primeira volta se ter registado uma igualdade sem golos, a partida começou animada e, logo aos dois minutos, Marco Matias surgiu isolado, mas não conseguiu ultrapassar a oposição do internacional iraniano Amir.

Aos 13 minutos, após um lançamento de Jorge Correa a isolar Rodrigo Pinho, este foi derrubado por Riccardo Piscitelli. Na conversão da grande penalidade, Joel Tagueu rematou à barra.O jogo mantinha uma toada de equilíbrio, com um domínio repartido, mas foi Jorge Correa, à passagem da meia-hora, a aproveitar a inferioridade física de Witi, que haveria de ser substituído pouco depois por lesão, a criar perigo num remate cruzado. O Nacional respondeu, cinco minutos volvidos, num ‘disparo’ de Vincent Koziello a que Amir correspondeu com uma aparatosa defesa, aviso que teve correspondência aos 44, quando Vincent Koziello, com um passe ‘com açúcar’, solicitou Kenji Gorré, que subtilmente desviou a bola de Amir, inaugurando o marcador. O Marítimo entrou determinado e transfigurado na segunda parte e restabeleceu a igualdade, aos 58 minutos, num cabeceamento de Léo Andrade, confirmado sobre o risco por Rodrigo Pinho, tendo a reviravolta sido consumada aos 65 minutos, num lance em que Joel Tagueu ultrapassou Júlio César e centrou para Rodrigo Pinho, que rematou fora do alcance de Riccardo Piscitelli.

A partir daí, o Nacional procurou reagir e passou a exercer uma forte pressão na procura do golo. Aos 83 minutos, após um livre de Éber Bessa, esteve perto de igualar, mas Amir, com ‘mãos de ferro’, segurou o cabeceamento de Brayan Riascos.No entanto, o Marítimo teve ainda oportunidades para ‘matar’ o jogo na reta final, mas Riccardo Piscitelli evitou o terceiro golo. Aos 87, foi Sassá quem surgiu em ótima posição, mas rematou ao lado, com o resultado a não sofrer alterações até final, com os verde-rubros a festejarem efusivamente o triunfo sobre o rival, aplicando a quinta derrota consecutiva ao Nacional. Com este triunfo, o Marítimo quebra ainda um enguiço nos jogos no Estádio da Madeira, pois já não vencia o rival em casa desde a temporada de 2007/08, quando venceu por 0-2.