Elementos da concelhia do Porto Santo, afetos à lista B, derrotada nas últimas eleições internas, negam que o cabeça-de-lista às Autárquicas tenha merecido a “unanimidade” dos socialistas, conforme faz crer o PS-Madeira em comunicado intitulado ‘PS-Porto Santo unânime no apoio a Miguel Brito’ enviado à imprensa e disponível no site do partido. Contactada pelo JM, a antiga presidente da concelhia, Teresa Leão, confirmou que na reunião da concelhia que contou com a presença de Paulo Cafôfo houve unanimidade, sim, nos três pontos em votação: o regimento da comissão, as propostas para a composição da mesa da comissão política concelhia e o secretariado da concelhia. “Nada mais foi votado nesse dia”, afirma a socialista, contestando o facto de o partido ter feito passar a mensagem de unanimidade sem que tenha havido uma votação a suportar essa ideia. Teresa Leão, cujo candidato favorito era João Melim, afirma que esta é uma ideia falsa e inadmissível que o presidente do partido passou e sublinha que “não pode valer tudo”. “A política não é má ou boa; a política é um espelho das pessoas que nela participam e se efetivamente queremos honrar a democracia, honrar os valores de abril e honrar as pessoas que confiam em nós através do voto, temos de fazer uma política séria, honesta, coerente e credível”, dizem, num comunicado enviado ao JM, os socialistas que não se reveem na atitude que agora vieram contestar. A concluir sublinham que “o pluralismo interno não é sinónimo de divisionismo, mas também não é sinónimo de deturpação de uma realidade que se quer transparente e verdadeira”.