madeira news

Mar 7, 2021 - 4 minute read

Região quer inclusão no Banco de Fomento até final do mês

Pedro Calado reiterou ontem que a Madeira quer ver resolvida até final do mês a inclusão no capital do Banco Nacional de Fomento, ação decisiva para aceder aos fundos do Plano de Resiliência. À margem de uma visita à escola dos 2.º e 3.º ciclos Dr. Eduardo Brazão de Castro, em São Roque, onde esteve acompanhado do secretário regional dos Equipamentos e Infraestruturas, Pedro Fino, o vice-presidente do executivo madeirense referiu que que este assunto tem sido objeto de “contactos com o ministro da Economia” desde novembro de 2020, o qual se tem mostrado “recetivo” a esta pretensão da Madeira, pois permite o acesso a fundos do PRR.

Devido à execução deste plano foi acelerada a negociação para “o Governo da Madeira passar a integrar o capital do Banco Nacional de Fomento e temos agendada esta semana uma nova reunião com o ministro da Economia”, adiantou.

“Isto é importante, porque há uma série de investimentos previstos no PRR que vão ser financiados através do Banco de Fomento”, sublinhou. Calado argumentou que esta instituição bancária foi “uma forma que o Estado encontrou, e bem, para financiar uma série de projetos, cujos montantes não entram na dívida nem do Estado português, nem da região autónoma”.

Também sublinhou que os Açores já fazem parte, comentando: “não se compreende existir um banco de fomento a nível nacional, que está designado para fazer este tipo de projetos, e depois não integrar as duas regiões autónomas”. “Todos sabemos que parte da verba que vem do PRR serviu exatamente para constituir exatamente o Banco de Fomento”, reforçou.

Calado apontou que “vai haver linhas nacionais designadas e efetuadas através do Banco de Fomento” e que se a Madeira estiver lá representada vai conseguir “assegurar uma fatia desses montantes para serem destinadas às empresas”.

O vice-presidente do executivo madeirense considerou que “se há uma ajuda comunitária à constituição de um banco de fomento para servir a nível nacional, não faz qualquer sentido as regiões não estarem lá representadas”.

Pedro Calado apontou que “vai haver linhas nacionais designadas e efetuadas através do Banco de Fomento” e que se a Madeira estiver lá representada vai conseguir “assegurar uma fatia desses montantes para serem destinadas às empresas da região”.

Exemplificou que se for lançada um apoio de 100 ME, “as empresas da Madeira concorrem em pé de igualdade com as nacionais”, realçando que “outra coisa é dizer” que desse montante “há cerca de 20 ou 30 ME que ficam reservados só para as empresas da Madeira”.

O governante concluiu que, “no fundo, o que a Madeira pretende é ter uma percentagem do capital social do banco, assegurando uma quota parte desse financiamento só para as empresas” da região.

De acordo com o executivo madeirense, a região deverá receber 561 milhões de euros de afetação direta em subvenções e 130 milhões através de programas nacionais, canalizados pelo Instrumento de Recuperação e Resiliência (IRR), bem como 79 milhões de euros por via do REACT-EU - Iniciativa de Assistência à Recuperação para a Coesão e os Territórios da Europa.

No total, o Governo Regional prevê ter acesso a 770 milhões de euros no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência, para financiar projetos até 2026, sendo que conta receber já dois adiantamentos até ao final do ano: 73 milhões euros por via do IRR e 7 milhões através do REACT-EU.

O Plano de Recuperação e Resiliência de Portugal, para aceder às verbas comunitárias pós-crise da covid-19, prevê 36 reformas e 77 investimentos nas áreas sociais, clima e digitalização, num total de 13,9 mil milhões de euros em subvenções.

 

Obra de 320 mil euros na Escola do Galeão

Quanto a obra na escola do Galeão, constou de “uma cobertura do recinto desportivo, a renovação do piso, substituição da instalação elétrica e novos equipamentos”, num valor na ordem dos 320 mil euros.

Pedro Calado lembrou que “temos na Escola do Galeão mais de 800 crianças que frequentam este recinto e havia necessidade de dar uma cobertura e proporcionar melhor qualidade de vida aos nossos estudantes”. Assim sendo, “é mais uma promessa cumprida, que é a requalificação destes equipamentos desportivos e a preocupação de olhar para os nossos estudantes”

“Quando falamos do Orçamento da Secretaria da Educação, que representa 380 milhões dentro do todo dos cerca de dois mil milhões, estes melhoramentos estão na Secretária Regional dos Equipamentos e Infraestruturas, mas que visam também o apetrechamento e melhoramento de todo o nosso parque de infraestruturas escolares”, relevou ainda.