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Mar 25, 2021 - 3 minute read

Recolher obrigatório pode manter-se após a Páscoa

Miguel Albuquerque admite estender uma medida que considera ser “um dos segredos” para conter a pandemia. Governo quer vacinar professores até 7 de abril, para permitir regresso às aulas no secundário no dia seguinte. O presidente do Governo Regional admitiu ontem a possibilidade de manter em vigor o recolher obrigatório para além da Páscoa, sublinhando o sucesso da medida na redução do número de casos. O Executivo está ainda a estudar a calendarização do levantamento das restrições, mas, certo, só mesmo que as medidas atuais se irão manter até à Páscoa.

“Pondero, porque acho que o recolher obrigatório tem sido um dos segredos para termos uma situação de contenção da pandemia”, disse Miguel Albuquerque, à margem de uma visita à Aquimadeira, quando questionado sobre a possibilidade de estender as medidas em vigor após o período da Páscoa, que tem sido a meta traçada.

“Acho que o recolher obrigatório não prejudica assim tanto a economia, não prejudica a nossa vida pessoal, não nos afeta psicologicamente, mas é muito importante para prevenir o contacto social”, justificou ainda.

De resto, o governante adiantou que, por agora, será mantido “tudo como está”, indicando, no entanto, que o Executivo irá proceder à reabertura das visitas aos lares a partir do dia 30 de março, sendo que hoje será aprovada, em Conselho de Governo, uma resolução com todas as condições para essas visitas.

Secundário de regresso às aulas

Por outro lado, o presidente do Governo Regional apontou o dia 7 de abril como a meta para concluir a vacinação de professores e funcionários das escolas, de modo a permitir que o regresso às aulas presenciais para os alunos do ensino secundário aconteça no dia 8.

“Vamos assegurar a vacinação dos professores e funcionários, para fazermos a reabertura após a Páscoa, no dia 8 abril, para aulas presenciais ao 10.º, 11.º e 12.º anos”, disse.

Para tal, Miguel Albuquerque reconhece que será preciso um “esforço muito grande” por parte dos profissionais envolvidos, mas salientou a importância de concluir o processo de vacinação para que seja possível “reabrir as escolas em segurança”.

O governante destacou a importância de retomar as aulas presenciais neste nível de ensino, dada a existência de exames nacionais no final do ano letivo, e ressalvou ainda que será preciso adotar regras específicas para este regresso. “Uma das regras é que não podem sair da escola”, disse.

Empresa “arrojada”

Miguel Albuquerque falava à margem de uma visita à empresa Aquimadeira, especializada na comercialização, projeção, instalação e assistência técnica de equipamentos para hotelaria e restauração, que atua nos mercados regional, nacional e internacional.

O chefe do Executivo regional salientou o “papel determinante” da empresa na “consolidação da autonomia política da Madeira”, indicando a sua participação num “grande número de obras e da modernização do setor hoteleiro, da restauração e conexos”.

O governante destacou ainda que a Aquimadeira “esteve na génese de projetos fantásticos como por exemplo, o Forum Madeira”, uma vez que “foi um dos fundadores desta empresa que teve a iniciativa de avançar com parte da requalificação da zona da Ajuda, e a criação daquela magnífica centralidade”.

Caracterizando uma “empresa arrojada”, Albuquerque lembrou que esta esteve no mercado da Colômbia, da Polónia, da Venezuela, Angola e Moçambique, entre outros, e que “assumiu os riscos da internacionalização com resultados muito positivos”.