A sexta derrota consecutiva no campeonato somada em Barcelos, deverá ter sido a gota de água na paciência dos responsáveis alvinegros, com uma ‘chicotada psicológica’ a estar iminente no Nacional, com Luís Freire, cada vez mais pressionado. Os resultados ditam a ‘sobrevivência’ de um treinador ao comando de qualquer clube. É quase como um ‘dogma’ no futebol, uma máxima que faz com que os treinadores sejam refém de resultados. É nessa situação que se encontra o treinador do Nacional, Luís Freire, com a ‘corda ao pescoço’, estando mesmo na porta de saída, segundo apurou o JM. A sexta derrota consecutiva na Liga, diante do Gil Vicente, na passada sexta-feira, por 2-0, poderá mesmo precipitar a saída do treinador de 34 anos, que chegou ao clube madeirense na temporada de 2019/2020. A equipa não mostra automatismos para inverter a série negra que atravessa no campeonato, apertando cada vez mais o ‘cerco’ em relação à luta pela manutenção, podendo cair já nesta ronda para a zona perigosa, em função dos resultados de Farense, Famalicão e Boavista. Com um futebol pouco objetivo, que reflete falta de ideias gritante - assente por vezes em passes laterais e para trás -, o Nacional, com uma defesa extremamente permeável, exibe um défice competitivo para dar a volta a uma espiral negativa, que se agrava à medida que as jornadas vão passando, devido a derrotas sucessivas, com o desaire frente ao Marítimo a agravar ainda mais a situação da equipa e de Luís Freire, que sai enfraquecido à medida que a equipa vai somando derrotas e se afundando na classificação, sendo notória a falta de confiança da equipa em campo.
Nesta altura, quando faltam dez jogos, o Nacional está em tremendas dificuldades, tendo ainda um calendário de elevada exigência, onde ainda receberá por exemplo o Benfica e FC Porto e visitará o Sporting. Depois de duas descidas recentes, em 2016/17 e 2018/19, o Nacional quer evitar a terceira descida no espaço temporal de cinco épocas e a escolha ‘natural’, passa pela mudança de treinador, que deverá acontecer nas próximas horas, com a oficialização da saída de Luís Freire, que conduziu a equipa à subida na temporada de 2019/2020, com a temporada a ser interrompida pela pandemia, à 24.ª jornada, quando o Nacional liderava a tabela com 50 pontos, chegando à sexta subida no seu currículo. Agora, Freire parece ter esgotado a paciência da direção, que tentou ‘segurar’ o técnico o máximo possível. No entanto, esta série negra, precipitará a saída do treinador natural da Ericeira.