Marítimo e Famalicão vão disputar este domingo mais uma final pela manutenção na I Liga e o duelo promete oferecer emoções para todos os gostos e feitios. A situação aflitiva em que ambas as equipas se encontram em termos classificativos dá o principal mote para um jogo rasgadinho até ao apito final. Mas a falta de grandes referências táticas e estratégicas por parte de cada equipa, deverá também contribuir para um bom espetáculo de futebol por causa de fator surpresa, tendo em conta que ambos os coletivos vão ser orientados por técnicos a cumprir o segundo jogo no presente campeonato. Madeirenses e minhotos vão entrar em campo com uma moral renovada. A chegada de Julio Velázquez ao comando do Marítimo foi coroada com o fim de uma série de nove jogos consecutivos sem vencer e logo com um triunfo na casa do Nacional, onde os verde-rubros não venciam há 14 anos. Do lado do Famalicão, o início de comando do técnico madeirense Ivo Vieira deixou antever que possui o antídoto certo para tornar a equipa minhota mais estável e a praticar o futebol necessário para a catapultar para fora da zona de despromoção, como ficou demonstrado na exibição deixada em campo no empate caseiro contra o Sporting de Braga, que precisava de vencer para voltar ao segundo lugar. A final que ninguém pode perder não vai decidir a permanência, mas o seu desfecho poderá ser decisivo para as contas a fazer na última jornada do campeonato. O Marítimo, recorde-se, perdeu por 2-1 em Famalicão, na primeira volta do campeonato, pelo que está em desvantagem no confronto direto com os minhotos (isto no caso de vir a ser necessário recorrer a este critério para desempatar as duas equipas na classificação). Julio Velázquez, tal como o JM recordou esta semana, vai procurar o primeiro triunfo sobre Ivo Vieira enquanto treinador. Na temporada passada, quando o técnico espanhol estava ao leme do V. Setúbal, perdeu dois jogos e empatou um contra o V. Guimarães então orientado pelo técnico madeirense. Mas o técnico natural de Machico, que já orientou o Marítimo, também tem hoje pela frente o desafio de vencer pela primeira vez em casa da sua antiga equipa. Nas três visitas aos Barreiros à frente de Estoril, Moreirense e V. Guimarães, Ivo Vieira somou dois empates e uma derrota.