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Feb 18, 2021 - 2 minute read

China aponta o dedo aos países desenvolvidos por acumularem vacinas

O ministro dos Negócios Estrangeiros da China, Wang Yi, acusou, hoje, os países desenvolvidos de acumularem grandes quantidades de vacinas, o que acentua “crescente desigualdade” na distribuição de doses nas nações em desenvolvimento. “As vacinas estão a ser desenvolvidas e produzidas em velocidade recorde, mas há problemas que precisam ser resolvidos”, alertou.

“Há uma lacuna na distribuição. As vacinas estão a ir rapidamente para os países de rendimento alto, mas não para os países em desenvolvimento. Isto só vai exacerbar mais as desigualdades”, acrescentou.

No entender do governante chinês, cuja posição deu a conhecer uma conferência do Conselho de Segurança das Nações Unidas sobre a vacinação, a “cooperação para combater a pandemia não deve ser um jogo de tudo ou nada”.

Wang Yi mais sublinhou que Pequim não tem “objetivos geopolíticos” quando se trata da distribuição de vacinas para países em desenvolvimento, defendendo antes que as vacinas devem ser um “produto público acessível em todos os países” e que para a China é “imperativo” fazer o possível para pesquisar, desenvolver e distribuir vacinas em todo o mundo.

“A China forneceu assistência a 53 países em desenvolvimento que a solicitaram e exportou vacinas para 22 países. Também ajudou a aumentar a capacidade de produção global”, afirmou.

Além disto, a China entregou 10 milhões de doses das suas vacinas ao mecanismo Covax, promovido pela Organização Mundial da Saúde (OMS), para “evitar que mais pessoas morram pelo [novo] coronavírus”.

Segundo a imprensa oficial do país asiático, as vacinas desenvolvidas pelas empresas chinesas Sinopharm, Sinovac e CanSino estão a ser usadas em cerca de trinta países em desenvolvimento em África, Ásia ou América Latina, enquanto na Europa só chegaram à Sérvia e Hungria.