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Feb 18, 2021 - 2 minute read

Governo Regional “tem de se adaptar à nova realidade”

No arranque dos trabalhos, nesta manhã de quinta-feira, no plenário madeirense, Miguel Iglésias alertou para a necessidade de o Executivo madeirense redefinir prioridades. “O Governo Regional tem que se adaptar, com uma mudança séria naquelas que são as suas prioridades”, disse o líder parlamentar do PS, após constatar que “as obras são o único setor em atividade”, deixando implícito que a obra pública terá de abrandar, de forma a socorrer outras áreas, mormente ligadas ao turismo.

“Metade das unidades hoteleiras encerradas, as restantes tentam sobreviver…todas as empresas do setor turístico a passar dificuldades”, refere Miguel Iglésias

“Somos a região do país com a maior taxa de desemprego, contrariando o que o Governo Regional diz”, prosseguiu Iglésias, lembrando que “assistimos a uma queda histórica de 21% do PIB, quando a queda do todo nacional é de 7,6%”.

O deputado socialista diz que impera “a fome, o desemprego, as falências…”, advogando então uma mudança de políticas a partir da Quinta Vigia, até porque, frisa, “o pior ainda não passou”.

No entanto, muito antes da chegada de qualquer valor, referente à ‘bazuca europeia’, já duvida das prioridades do Plano de Recuperação e Resiliência, “muito concentrado na administração pública”.

Disse ainda ter ficado abismado com as recentes afirmações de Miguel Albuquerque, em que clamava por mais 100 milhões de euros, especificamente para o Porto do Funchal.

“A ampliação do molhe da Pontinha é estruturante para a Região ou é estruturante para as empresas da construção civil que gravitam à volta do Governo Regional?”, questionou, não entendendo as prioridades estabelecidas.

Aliás, Sérgio Gonçalves, seu colega de bancada, já corroborou desta preocupação, evidenciando que os 561 milhões de euros do Plano de Recuperação e Resiliência serão “100% para a administração pública”, perguntando onde estão os apoios para os privados.

Paulo Cafôfo, por seu turno, concentrou-se ainda no presente, para referir que “os únicos apoios que têm chegado às pessoas sãos os da República”.