madeira news

Apr 23, 2021 - 3 minute read

Camacho dá esperança que termina em aflição

Por Paulo Graça
O Nacional voltou a perder e somou a 10.ª derrota consecutiva, ontem, em jogo da 28.ª jornada, num novo máximo histórico negativo para a equipa orientada por Manuel Machado. Nunca a equipa alvinegra tinha averbado tantos desaires durante tantas jornadas. Depois de duas goleadas sob o comando técnico de Manuel Machado (um duplo 5-1 com Portimonense e Santa Clara), o treinador somou o seu quarto jogo a perder com o Nacional desde que assumiu as funções, a segunda derrota averbada pela margem mínima. Com este desaire, a equipa que viajou da Madeira perdeu para um adversário direto e ficou agora isoladíssima no último lugar da tabela classificativa, já há seis pontos de um lugar de acesso à liguilha. O jogo até nem começou mal para a equipa nacionalista. Camacho, um dos melhores em campo, abriu o ativo para os alvinegros ainda não tinha alcançado o primeiro quarto de hora de jogo, e abria também uma janela de esperança para a possibilidade de garantir um triunfo. Todo o lance foi bonito. Começou com Rúben Freitas a cruzar muito bem e acabou com Camacho a finalizar ainda melhor, depois de uma receção com o peito e um remate de primeira. Estava feito o primeiro, que também podia ter nascido por Alhassan ou Gorré, mas ambos acabaram por não ser felizes.Por isso, depois do susto e do golo sofrido, o Tondela deixou a passividade que tinha demonstrado até então e passou a ser mais explícito em zona ofensiva. A dupla Mário Gonzáles/Murillo acabou por fazer estragos na defesa alvinegra, quando o primeiro assistiu o segundo, que de primeira bateu o desamparado guarda-redes do Nacional. Até ao intervalo, as oportunidades de golo iam surgindo, mais na área do Tondela, onde Pedro Trigueira, guarda-redes, acabou por ser decisivo para o lado da equipa da casa e, com isso, evitar que o Nacional chegasse ao intervalo a vencer. O guarda-redes chegou a negar um golo já em cima da linha de baliza, após uma finalização de Alhassan. Com 1-1 no marcador, Manuel Machado alterou algumas dinâmicas ofensiva e apostou em Riascos. A aposta era, claramente, na velocidade e na potência física do novo avançado. E, na verdade, a equipa da Madeira estava por cima no jogo. Apesar da postura mais ofensiva, em busca, certamente, da vitória do Nacional, foi a equipa da casa que chegou ao golo, num lance de ressalto e de pura fortuna. A bola chegou a Filipe Ferreira, que fez um cruzamento milimétrico para Ricardo Alves, que, de cabeça, colocou o Tondela em vantagem. Enquanto o Tondela ia tentando chegar ao terceiro golo, o que aconteceu muito poucas vezes, o Nacional tentava de tudo para chegar pelo menos ao ponto. Apesar das possibilidades de empatar, a verdade foi que a finalização esteve sempre aquém da qualidade que se exige para um jogador de primeira liga.
Já na parte final do jogo, o Tondela beneficiou de uma grande penalidade (mal) assinalada pelo árbitro. Rafael Barbosa, que tinha falhado a primeira, voltou a marcar e foi António Filipe quem voltou a defender.