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Mar 1, 2021 - 3 minute read

ACA pede à Câmara exemplos de má gestão

Sem-abrigo A Associação Conversa Amiga denunciou, ao JM, que o Funchal abandonou os sem-abrigo, estendendo também as suas críticas ao Governo Regional. A Câmara, ouvida pelo Jornal, falou em má gestão da Associação em causa, cujo representante na Madeira é Duarte Paiva e adiantou que a parceria existente não iria continuar. Em relação às declarações da Autarquia, Duarte Paiva começa por dizer que a Câmara não concretiza e até assume que todos os trabalhos contratados foram realizados, que os projetos são uma mais-valia e, inclusive, deu ordem de pagamento do valor em falta. “Na realidade trata-se apenas e nada mais de um pagamento devido Associação pelo trabalho realizado. Se houvesse efetivamente má gestão ou incumprimento contratual, a Câmara não poderia ter saldado o devido”, afirma.“Contudo, a Câmara realizou este pagamento fora de prazo pelo que é devedora de juros de mora. A fatura e respetivos comprativos de não dívida, à Segurança Social e Finanças foram por nós enviados aos Serviços da Câmara, no dia 4 de janeiro. No passado dia 23 de fevereiro a Associação foi contactada a fim de novamente enviar as referidas declarações, as quais foram por nós prontamente disponibilizadas”, acrescenta ainda Duarte Paiva, sublinhando que o atraso exigiu um esforço e rigor financeiro muito grande da nossa parte no cumprimento de todas as nossas obrigações, para atenuar as consequências negativas que a falta de pagamento de 40 % de um contrato plenamente executado, como é o caso, exige. Prosseguindo a sua refutação, Duarte Paiva esclarece a Câmara do Funchal que, ao contrário do que é dito, a ACA não tem outra situação semelhante com qualquer outro município com quem colabora. ACA e Município de Lisboa “estão a trabalhar conjuntamente”, dizO Município do Funchal alega que as acusações de abandono da cidade, dos munícipes e das pessoas em situação de sem-abrigo são infundadas. Porém nesta reportagem informa que não irá dar seguimento à disponibilização de meios. Além de ser de lamentar que o comunique agora e por via deste Jornal, é contraditório o que afirma, pois retira meios a quem efetivamente trabalha em prol da comunidade. Adicionalmente causa-nos alguma perplexidade na forma autocrática como gere os recursos do município, ao simplesmente reagir a uma notícia, comunicando que não irá renovar o contrato. Não entendemos o critério desta decisão, a autocracia da mesma e a falta de diálogo inerente”, acrescenta. Já no que se refere aos interesses pessoais apontados pela Câmara Municipal do Funchal, o dirigente da ACA lembra que todos os elementos exercem atividade de forma voluntária e gratuita.”Este será um ponto que a Associação gostará de ver esclarecido por parte do Município pois, pela gravidade da acusação, esta terá e ser cabalmente esclarecida em instâncias próprias”, sublinha. Sobre a reunião que havia pedido à secretária regional da Inclusão, confirma que o encontro continua em falta.