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Feb 15, 2021 - 2 minute read

Vizinhos à Janela ganha prémio de 10 mil euros

O projeto “Vizinhos à janela” venceu o prémio português para a solidariedade civil do Comité Económico e Social Europeu (CESE), no valor de 10 mil euros, tendo sido considerado “um exemplo brilhante de notável responsabilidade cívica e solidariedade durante a crise da COVID-19”. O prémio foi arrecadado na categoria de “ofertas culturais”, que agrupou projetos que desempenharam um papel fundamental na atenuação dos efeitos da pandemia, de várias formas criativas e originais.

O CESE mais considerou que “pela força agregadora da sua música, ajudou a transformar um simples bairro numa verdadeira comunidade de entreajuda”.

“Hoje, não aplaudimos apenas os nossos vinte e três vencedores. Homenageamos toda a sociedade civil europeia e muitas das suas organizações, empresas e indivíduos que mostraram, e continuam a mostrar, uma solidariedade, coragem e responsabilidade cívica sem precedentes nestes tempos difíceis e incertos”, afirmou Cillian Lohan, vice-presidente do CESE responsável pela Comunicação.

Esta iniciativa de bairro começou por ser uma serenata para encher os corações nas horas vazias do confinamento, e que depois cresceu até ao tamanho das necessidades da sua comunidade.

“Com Portugal em confinamento, um grupo de vizinhos juntou-se para aliviar o tédio e a solidão da vida em casa. Duas vezes por dia, às 14.00 e 20.00, os residentes da Rua Belo Horizonte “Jardim dos Arcos”, em Oeiras, tocaram música das suas varandas e janelas durante 10 minutos, até ao final de julho de 2020”, explica um comunicado enviado à redação.

“Quatro outras ruas próximas juntaram-se à iniciativa, e o projeto foi coberto pelos meios de comunicação locais e nacionais. Médicos, enfermeiros, polícias e cantoneiros visitaram a rua e receberam uma homenagem musical em reconhecimento do seu trabalho. Pouco depois, a Câmara Municipal de Oeiras contactou os residentes e convidou-os a aproveitar este espírito de solidariedade para recolher alimentos para os necessitados”, continuou.

“O que começou por ser uma forma divertida e simples de combater o isolamento e a solidão devido ao confinamento, rapidamente se transformou numa iniciativa de solidariedade mais ampla para celebrar os trabalhadores da linha de frente e apoiar as pessoas que enfrentam necessidades urgentes durante a pandemia. Enquanto os ‘concertos de varanda’ já não se realizam com a regularidade anterior, a recolha de alimentos continua, e os residentes estão determinados a continuar a fazer a diferença na sua vizinhança”.