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May 5, 2021 - 2 minute read

Vitória da direita promete mudanças políticas

O candidato do partido de extrema-esquerda Unidas Podemos, Pablo Iglesias, anunciou que se retira da política, depois do mau resultado. Madrid O Partido Popular, encabeçado por Isabel Díaz Ayuso, conseguiu eleger 65 deputados, mais do que toda a esquerda junta. Com 26 deputados regionais, o Partido Socialista (PSOE) perdeu 11 face aos 37 obtidos nas eleições de 2019 e foi ultrapassado pelo Más Madrid. Nas eleições autonómicas de Madrid, que decorreram na passada terça-feira, foram às urnas 76 por cento dos eleitores, segundo a imprensa espanhola, registando-se um recorde histórico em termos de participação eleitoral.
O anterior máximo histórico, segundo o El País, registou-se em 1995, quando votaram 70,3 por cento dos madrilenos. Mas não foi uma dia marcante só pela adesão da comunidade de Madrid às eleições: a vitória do PP está a afetar a esquerda espanhola, ao nível nacional. Com 99 por cento dos votos contados, o PP obteve 44,73 por cento e 65 deputados num total de 136, duplicando o resultado das últimas eleições e ficando a três da maioria absoluta. Já o PSOE, de Pedro Sánchez, conseguiu apenas 24 cadeiras, foi ultrapassado pelo Más Madrid de extrema-esquerda e registou o pior resultado de sempre. E, sendo Madrid o espelho do resto do país, a vitória de Isabel Díaz Ayuso não é apenas regional, pode ser também uma derrota para toda a esquerda em Espanha. Com este resultado sai também de cena Pablo Iglésias. O líder do Unidas Podemos (que conseguiu apenas 7,25 por cento dos votos e 10 assentos) anunciou, na noite de terça-feira, a retirada da vida política, justificando a decisão com o facto de o PP de direita ter conseguido mais votos do que todos os partidos de esquerda juntos. Por seu lado, o Vox, de extrema-direita, obteve 9,11 por cento e 13 membros no parlamento regional e o partido da direita-liberal Cidadãos, que nas eleições de 2019 teve quase 20 por cento dos votos, obteve agora 3,45 por cento dos votos e desaparece do parlamento regional onde só podem estar partidos com mais de cinco por cento. O resultado destas eleições é uma derrota para a esquerda e, segundo os especialistas, pode significar um contratempo para o Partido Socialista (PSOE) do primeiro-ministro Pedro Sánchez, que lidera uma coligação de esquerda no Governo nacional.