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May 3, 2021 - 2 minute read

Veterinário e técnicos do IFCN ajudam lobo-marinho doente no Paul do Mar

Uma operação, complexa e delicada, foi montada este fim de semana, pelo Instituto das Florestas e da Conservação da Natureza (IFCN), no calhau do Paul do Mar, por causa da fêmea de lobo-marinho que ontem se mantinha no local. Técnicos e vigilantes da natureza do IFCN, com o apoio de um veterinário da Direção Regional da Agricultura, procuraram com todos os cuidados chegar perto do animal a fim de lhe ministrarem um antibiótico e vitaminas. De acordo com um comunicado emitido ontem pela Secretaria Regional do Ambientes, Recursos Naturais e Alterações Climáticas, que tutela o IFCN, o animal em causa “tem mais de 20 anos”, pelo que o seu estado de saúde estará relacionado com a idade. “É importante lembrar que os lobos marinhos vivem, em média, pouco mais de 20 anos”, pode ler-se ainda na nota enviada. Com efeito, segundo o estudo realizado pelo projeto Life Madeira Lobo-Marinho, os animais da colónia existente no arquipélago da Madeira (única no país), vivem em média 22 anos.
Provavelmente por estar sem forças para voltar à Reserva Natural das Desertas, depois de algumas aparições, a fêmea acabou por pernoitar no calhau suscitando a curiosidade da população local, e não só, pelo que foi criado um perímetro de segurança para impedir a aproximação dos mais curiosos. Sobre a identidade do mamífero, não será a Manchada, de 19 anos, mas a Loma, de 23. Algo que não conseguimos confirmar por haver da parte dos técnicos algumas incertezas. Depois da morte da Maminhas, cujas causas não foram ainda totalmente confirmadas pelas autoridades, eis que uma nova situação está a captar as atenções das entidades que têm por missão zelar pela preservação desta espécie, rara no mundo e emblemática para os madeirenses. A sua importância está bem patente no brasão da Região onde figuram dois lobos-marinhos.