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Mar 27, 2021 - 6 minute read

Vacinas para 5 mil adultos e testes para 40 mil alunos

Entre 5 e 9 de abril, serão vacinados os 5 mil professores e funcionários que faltam. Até 16 de abril haverá testagem massiva de alunos em idade de escolaridade obrigatória. Tudo para permitir um regresso normal às aulas presenciais. A Escola Secundária Jaime Moniz recebeu na tarde de ontem duas importantes reuniões entre a tutela da Educação e as direções executivas das escolas básicas e secundárias. Os encontros permitiram apurar os procedimentos quer quanto à vacinação e testagem, quer quanto à manutenção dos planos de contingência das escolas, na perspetiva da retoma das aulas presenciais. Jorge Carvalho confirmou ao Jornal que os docentes afetos à Região que exerçam as suas atividades no ensino básico e no ensino secundário vão ser vacinados entre os dias 5 e 9 de abril. A operação de testagem aos cerca de 40 mil alunos seguirá um plano que começa também na segunda-feira de Páscoa, estendendo-se até 16 de abril. Numa altura em que alunos, funcionários e professores gozam um período de relaxe proporcionado pela pausa letiva da Páscoa, o secretário regional Jorge Carvalho não desarma na sensibilização para a prevenção. “É deveras importante que durante o período da Páscoa sejam mantidos todos os alertas”, adverte, em declarações ao JM. “Todos os comportamentos e recomendações emanados pelas autoridades de saúde devem ser cumpridos rigorosamente, sob pena de termos de enfrentar situações que ninguém deseja, caso algo corra mal”. Regresso em segurança Para o secretário da Educação, o regresso ao regime de aulas presenciais é essencial e é a principal aposta da Região. “Apenas por razões de saúde pública se tem recorrido ao regime de aulas à distância”, enquadra o governante. “É preciso ficar claro que o facto de a Região deter condições de elevada qualidade para promover a alternativa do ensino à distância, sem deixar ninguém para trás, não significa que não sejam desenvolvidos todos os esforços para o regresso à normalidade do ensino presencial, como agora é possível concretizar”. Nesse sentido, o secretário regional refere que a vacinação de professores e funcionários dos ensinos básico e secundário faz parte desse plano de regresso às aulas presenciais, o qual contempla igualmente a testagem massiva dos alunos. “A proximidade dos exames finais nacionais de 11.º e 12.º anos, bem como das classificações finais dos alunos dos restantes anos reforçam quanto é acertada a estratégia determinada pelas autoridades de saúde no sentido da vacinação e da testagem”. O governante defende que se impõe ter bem presente que a vacinação de professores e de funcionários, a par dos testes dos alunos, tem um “grande alcance social”, tanto pelos “números envolvidos”, como pela “mobilidade dos diferentes grupos” em toda a Região. Antes de revelar a forma como estão calendarizadas as duas operações – vacinação e testagem – Jorge Carvalho insiste que esses dois processos “não dispensam nenhuma das medidas de combate à pandemia, sobre as quais as escolas manterão uma apertada vigilância, de acordo com o estabelecido nos respetivos planos de contingência”. Cinco mil adultos Quanto à forma como tudo decorrerá, o secretário da Educação começa por revelar que os docentes afetos à Região que exerçam as suas atividades no ensino básico e no ensino secundário vão ser vacinados entre os dias 5 e 9 de abril, numa ação que volta a acontecer no Centro de Vacinação da Madeira, instalado no edifício do Madeira Tecnopolo, tal qual aconteceu com os docentes, técnicos e funcionários das creches, do pré-escolar e das unidades de educação especial. Em números aproximados, Jorge Carvalho estima que serão vacinados, entre professores e funcionários, um total de cinco mil indivíduos, sendo que uma parte daqueles que, por pertencerem ao quadro do ensino básico, deviam ser vacinados agora, já o foram em conjunto com os docentes, técnicos e funcionários das creches, do pré-escolar e das unidades de educação especial. O calendário – 5 a 9 de abril – foi definido em função das disponibilidades de vacinas, devendo as mesmas ser aplicadas poucos dias após a chegada à Região de nova remessa, atribuída pelas autoridades nacionais, estando salvaguardado um período de segurança entre a data da entrega e o início da operação. Condicionalismos que estiveram em foco nas duas reuniões que a tutela realizou durante a tarde de ontem com as direções executivas das escolas básicas e secundárias, encontro efetuado na Escola Secundária Jaime Moniz, durante o qual estiveram em foco os procedimentos quer quanto à vacinação e testagem, quer quanto à manutenção dos planos de contingência das escolas. Tal como referiu o governante ao JM, é ponto assente que os cuidados gerais que devem ser adotados no combate à pandemia se mantêm atuais e manter-se-ão sob escrutínio assertivo por parte das escolas. Ao fim e ao cabo, a mensagem a passar é que estar vacinado ou ter realizado um teste não corresponde a um estado que dispense, nomeadamente, o uso de máscara, a lavagem frequente das mãos, a etiqueta respiratória e o distanciamento social. Não sendo possível a indicação precisa das datas da toma da vacina por parte dos docentes e funcionários das escolas, é, no entanto, praticamente certo que a média diária de aplicações será ligeiramente superior a mil, sobrando no último dia (9 de abril) cerca de 600 casos por resolver. Testes para 40 mil Certo é que o ensino secundário vai reabrir a 8 de abril, ficando por acertar apenas a data definitiva do regresso das aulas para o 3.º ciclo. Nessa perspetiva, todos os alunos em idade de escolaridade obrigatória, bem como os demais que frequentam estabelecimentos com a valência creche e de educação pré-escolar, num total aproximado a 40 mil indivíduos, serão testados à covid-19. Conforme confidenciou o secretário regional ao JM, a prioridade estabelecida conduzirá à testagem dos alunos do 3.º ciclo e do ensino secundário (cursos gerais), por serem aqueles que, praticamente nos últimos três meses, se mantiveram fora da escola e, nessa medida, sujeitos a procedimentos de deteção de infeção menos rigorosos do que os alunos que se mantiveram em regime presencial. A operação de testagem será realizada, salvo algum acerto de última hora, entre os dias 5 e 16 de abril, sendo que os alunos da Escola Secundária Francisco Franco deverão realizar os seus testes no dia 5, no pavilhão da escola, e os da Escola Secundária Jaime Moniz no dia seguinte, também no pavilhão da sua escola; nestes dois dias serão realizados cerca de 4.250 testes. Ontem mesmo, os alunos da Francisco Franco já estavam a ser convocados por mensagem eletrónica.
Por seu turno, o pavilhão da Jaime Moniz será palco, nos dias seguintes, da realização de testes aos alunos das restantes escolas básicas e secundárias do concelho do Funchal; no mesmo espaço, mas a 16 de abril, será a vez dos alunos das escolas profissionais, do Conservatório, da Francisco Fernandes e do Serviço Técnico de Formação Profissional. Nos restantes concelhos da Região, a testagem de alunos está prevista para a mancha temporal entre 12 e 15 de abril, devendo a operação decorrer nos espaços definidos por cada escola para o efeito, com exceção do Porto Santo, cujo calendário será estabelecido nos próximos dias. Segundo apurou o JM, em todas as circunstâncias, a realização do teste acontecerá em grupos correspondentes às turmas em que os alunos se encontram inscritos, acompanhados pelos respetivos diretores, sendo que o calendário de testagem dos restantes alunos matriculados nos outros níveis de ensino será definido em breve.