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May 7, 2021 - 2 minute read

Um polícia e 24 suspeitos mortos em favela brasileira

Uma operação da Polícia Civil do Rio originou a execucação de 24 suspeitos e ainda a morte de um policial. Cadáveres de homens jovens cobertos de sangue, caídos e espalhados pelas vielas estreitas da favela; outros corpos baleados e tombados na margem do rio poluído que dá nome ao Jacarezinho; o corpo sem vida de um adolescente sentado numa cadeira de jardim de plástico roxa, a boca descaída e um dedo cortado metido dentro da boca aberta.

São imagens de horror real e estão a correr o mundo e a internet, disseminadas como um vírus ativo de raiva e repulsão pelos populares: pelo menos 25 pessoas morreram esta quinta-feira na Favela do Jacarezinho, bairro municipal da zona norte do Rio de Janeiro, Brasil, após um batalhão de 200 polícias fortemente armados - carros blindados, armamento de guerra, tiros de fuzis disparados de helicóptero - ter invadido aquela que é uma das maiores e mais violentas favelas do Brasil.

Um polícia foi assassinado - as autoridades dizem ter sido executado com um tiro direto na cabeça - e os outros 24 mortos são na maioria de homens jovens, ou mesmo adolescentes. Eram considerados “suspeitos” pela Polícia Civil, que desencadeou a operação em conjunto com a Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente e que tinha por alvo “os traficantes do Comando Vermelho”, que recrutam menores para o narcotráfico e o crime, segundo alegações policiais.

A autoridade não deu provas dos crimes levados a cabo pelos “suspeitos” que foram executados no local. As suas identidades não foram reveladas. Não foi formada acusação judicial.