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Feb 22, 2021 - 2 minute read

Um ano depois, primeiro português infetado com covid-19 recorda dias de aflição

Adriano Maranhão foi o primeiro português a ser infetado, quando estava a bordo de um navio cruzeiro onde trabalhava, que estava atracado no Japão. Apesar de não ter ficado com sequelas, afirma à TVI que ainda não sente disponibilidade para regressar ao mar. 

Ao JN, recorda os dias de aflição que viveu quando esteve retido no navio onde trabalhava, o Diamond Princess, ao largo do Japão, à espera de assistência médica. Um ano depois, sem sequelas, retomou a sua vida normal, em terra, como canalizador.

O canalizador da Nazaré afirmou ao JN que já foi contactado pela Diamond Princess para saber se queria voltar ao mar. As únicas exigências que a companhia de cruzeiros norte-americana faz, para se juntar ao resto da tripulação, é ter um teste negativo à covid-19 e 12 dias de quarentena numa cabine de passageiros, mais espaçosa do que a dos tripulantes, seguido de um novo teste.

“Já tratei de todos os documentos e já os enviei, mas, para já, não quero voltar. Só mais perto do verão”, revela. “Quero ver o desenvolvimento do vírus e da vacina, pois não quero voltar a passar o mesmo dentro de um navio”, justifica Adriano Maranhão.

À mesma fonte, recorda o “choque” que sentiu quando soube que tinha contraído coronavírus, uma vez que “a única informação que tinha era que a maior parte das pessoas a quem o teste tinha dado positivo estava a morrer”. 

“A situação era catastrófica no navio, porque não se sabia quem estava infetado. Não havia mãos a medir e os médicos eram poucos”, recorda ainda.

Os seus sintomas limitaram-se a dores de cabeça e no corpo, mas garante que o susto ficará para sempre na sua memória.