Miguel Albuquerque lamentou ontem a postura da União Europeia em relação ao Centro Internacional de Negócios da Madeira. “O que se vê é que a União Europeia é forte com os fracos e fraca com os fortes. A própria UE, alguns comissários, tudo têm feito para atacar e fragilizar o CINM, não arranjando alternativa para as respostas no serviço do Estado Social, como o financiamento da Saúde e da Educação”, disse o presidente do Governo Regional. A incredulidade é tanto maior porque a Sociedade de Desenvolvimento da Madeira “resulta de uma política da própria UE que visa garantir fontes de receita e desenvolvimento da atividade económica em territórios como o nosso, ultraperiférico, sem escala de mercado. E estranho que se esqueça do fundamental, que é ajudar, através do Fundo de Coesão e em mecanismos para o reforço dessa coesão, os territórios mais longínquos e com economias mais fragilizadas”. Ao nível de Portugal, a insatisfação não é menor. Frisando que “fundamental é garantir a estabilidade”, diz que “não podemos ter uma instituição em situações de instabilidade e não previsibilidade. Iremos tudo fazer para que mantenha a sua estrutura competitiva. Tenho pena que as pessoas muitas vezes falam da SDM e esquecem-se que as grandes empresas portuguesas estão sediadas na Holanda, os grandes grupos empresariais portugueses têm sede fiscal na Holanda e ninguém ataca a Holanda e o Luxemburgo… só os mais fracos”. No imediato, “vai ser convocada uma Assembleia Geral. O Governo irá assumir a compra do capital social e decidir a forma de gestão”, sendo certo que “a gestão pública é uma situação de extrema competitividade e temos de estar muito atentos porque a SDM continua a ser fundamental no financiamento fiscal da Região e criação de postos de trabalho qualificados”. Quanto ao novo administrador, “vamos depois decidir na Assembleia Geral”.