Pelo menos duas pessoas morreram e 160.000 foram retiradas das suas casas devido à passagem do tufão Surigae na costa leste das Filipinas, que também provocou um naufrágio com 20 desaparecidos. As fortes chuvas e ventos que acompanharam o Surigae (designado Bising nas Filipinas) fustigaram entre domingo e segunda-feira as regiões de Caraga, Busayas Central, Visayas Oriental e Bicol, na zona leste da ilha de Luzon.

As duas vítimas mortais ocorreram em Visayas, indicou um balanço hoje divulgado pelo Conselho Nacional de Gestão e Redução do Riscos de Desastres.

A tempestade provocou graves danos materiais, cortes de energia elétrica em 63 povoações e forçou à suspensão de viagens marítimas e de diversos voos.

Em simultâneo, prosseguiam as buscas para tentar encontrar 20 membros da tripulação de um cargueiro que naufragou quando procurava um porto de abrigo em plena tempestade, anunciou a guarda costeira filipina.

A tripulação abandonou o navio que transportava minério de níquel após o naufrágio na segunda-feira perto da cidade de Malimono, na grande ilha de Mindanao (sul).

Quando foi perdido o contacto, 18 tripulantes encontravam-se a bordo de uma balsa salva-vidas, precisou o porta-voz da guarda costeira, Armand Balilo. O destino dos dois restantes homens era desconhecido.

“Estivemos em contacto até esta manhã, quando a sua embarcação estava a navegar. As buscas são complicadas porque o mar está muito agitado”, disse, precisando que estavam em curso buscas aéreas.

O estado do navio, o Cebu Great Ocean, com registo nas Filipinas e que transportava 2.000 litros de gasóleo, também era desconhecido.

O Surigae é a segunda tempestade a atingir as Filipinas em 2021, e na manhã de hoje o tufão encontrava-se a 475 quilómetros da cidade de Infanta (leste), na província de Quezon, movendo-se para nordeste com ventos que atingiam uma média de 175 quilómetros por hora, por vezes com rajadas que chegaram aos 215 quilómetros por hora, segundo a agência de meteorologia estatal.