No passado dia 26 de março, pelas 18 horas, decorreu a 3ª Edição das Jornadas do Teatro, sob o título ‘Estas Jornadas não foram canceladas’. Realizaram-se duas conversas, a primeira com vários diretores de teatro nacionais e a segunda com artistas que lutam pela reivindicação dos direitos dos profissionais da cultura.

Os sucessivos cancelamentos e reagendamentos de espetáculos, a conciliação de medidas de segurança com as especificidades da atividade artística, o surgimento de novos formatos e que impacto tem a covid-19 na criação e programação foram os tópicos abordados ao longo das conversas.

Segundo Tiago Rodrigues, diretor artístico do Teatro Nacional D. Maria II, os trabalhadores da cultura, as instituições, os artistas, conquistaram a capacidade de reagir mais uma vez, de reagir pensando no futuro, com lições aprendidas no primeiro confinamento.  

Relativamente ao futuro dos teatros, Tiago Rodrigues considera que “o digital pode ser efetivamente uma ferramenta que não substitui o ‘ao vivo’, mas que não deixa de ser democratizadora, e não deixa de ser um lugar criativo e de invenção, percebemos melhor isso neste segundo confinamento.”

Na segunda conversa, os artistas convidados debateram as problemáticas do setor e o estatuto do trabalhador da cultura. 

Teresa Coutinho, membro da Associação Ação Cooperativa, menciona que “tem sido muito importante haver esta ‘auscultação’ dos grupos representativos, tem havido um trabalho gigante dos grupos para que este estatuto seja definido e regulamentado”.

A vereadora com o pelouro da cultura, Madalena Nunes, fez a abertura da sessão, relembrando que “apesar da pandemia a Câmara Municipal do Funchal nunca parou a sua programação cultural”.

A 3.ª edição das Jornadas do teatro foi transmitida em direto no Facebook do Teatro Municipal Baltazar Dias, alcançando 1,600 visualizações.