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Feb 10, 2021 - 3 minute read

Taxa de desemprego sobe para 6,8% em 2020

A taxa de desemprego foi de 6,8% em 2020, mais 0,3 pontos percentuais do que em 2019, abaixo da previsão do Governo para o conjunto do ano, segundo o Instituto Nacional de Estatística (INE). No Orçamento do Estado para 2021, o Governo previa que a taxa de desemprego atingisse os 8,7% em 2020 e 8,2% em 2021.

De acordo com os dados divulgados hoje, a taxa de desemprego foi de 7,1% no quarto trimestre, menos 0,7 pontos percentuais face ao trimestre anterior e mais 0,4 pontos percentuais face ao período homólogo.

A taxa de subutilização do trabalho para o conjunto do ano de 2020 - indicador que agrega a população desempregada, o subemprego de trabalhadores a tempo parcial, os inativos à procura de emprego, mas não disponíveis e os inativos disponíveis mas que não procuram emprego - foi estimada em 13,9%, 1,2 pontos percentuais acima da do ano anterior.

A população empregada, por sua vez, foi estimada em 4.814,1 mil pessoas, o que representa a redução de 99 mil empregos em relação ao ano anterior.

Já a população desempregada, 350,9 mil pessoas, aumentou 3,4% (11,4 mil) em relação àquele período.

A taxa de desemprego de jovens (15 a 24 anos) no conjunto do ano situou-se em 22,6%, 4,3 pontos percentuais acima do estimado para o ano anterior, enquanto a proporção de desempregados de longa duração foi estimada em 39,5%, menos 10,3 pontos percentuais do que em 2019, o que correspondeu ao decréscimo mais elevado da série de dados.

Dos jovens dos 15 aos 34 anos residentes em Portugal, 11,6% (255,2 mil) não tinham emprego nem estavam a estudar ou em formação, uma percentagem que aumentou 2,1 pontos percentuais (45,1 mil) em relação a 2019.

O INE destaca que nos três indicadores Europa 2020 – taxa de emprego dos 20 aos 64 anos, taxa de abandono precoce de educação e formação e taxa de escolaridade do ensino superior – observaram os seguintes valores: 74,7%, 8,9% e 39,6% (76,1%, 10,6% e 36,2% em 2019).

Assim, sinaliza, “o primeiro e o terceiro indicadores ficaram um pouco aquém das respetivas metas (75% ou mais e no mínimo 40%, respetivamente), enquanto o segundo superou a meta estabelecida (menos de 10%)”.

Em termos trimestrais, no último trimestre do ano, em que a taxa de desemprego alcançou os 7,1%, a população empregada - 4.859,5 mil pessoas - aumentou 1,2% (59,6 mil) por comparação com o trimestre anterior, mas diminuiu 1% (48,1 mil) em relação ao homólogo.

Simultaneamente, refere, a população empregada ausente do trabalho na semana de referência diminuiu 47,8% (396,1 mil) em relação ao trimestre anterior e aumentou 26,0% (89,4 mil) relativamente ao quarto trimestre de 2019.

De modo semelhante, refere, observou-se um acréscimo trimestral de 8,5% e uma redução homóloga de 6,6% do volume de horas efetivamente trabalhadas.

A transição do desemprego para o emprego (30,4%) foi o valor mais elevado da série iniciada em 2011, sinaliza.

A população desempregada, estimada em 373,2 mil pessoas, diminuiu 7,7% (30,9 mil) em relação ao trimestre anterior e aumentou 5,9% (20,8 mil) relativamente ao quarto trimestre de 2019.

A subutilização do trabalho em termos trimestrais abrangeu 750,3 mil pessoas, tendo diminuído 7,8% (63,4 mil) em relação ao trimestre anterior e aumentado 10,7% (72,3 mil) em relação ao homólogo.

Também a taxa de subutilização do trabalho, estimada em 13,8%, diminuiu 1,1 pontos percentuais relativamente ao trimestre anterior e aumentou 1,3 pontos percentuais face ao ano anterior.

“Este aumento homólogo foi explicado, maioritariamente, pelo aumento do número de inativos disponíveis para trabalhar, mas que não procuraram emprego”, indica.

A população inativa com 15 e mais anos, num total de 3.687,3 mil pessoas, diminuiu 0,4% (13,6 mil) relativamente ao trimestre anterior e aumentou 2,2% (78,7 mil) em relação ao trimestre homólogo.