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May 7, 2021 - 3 minute read

Tão perto e tão longe...

Tão perto e tão longe… É a ideia que fica do jogo de ontem entre Nacional e Moreirense, onde se registou um empate a duas bolas, com os madeirenses a desperdiçarem a vantagem no marcador por duas ocasiões. Foram novamente notórias as melhorias no jogo alvinegro, nomeadamente ao nível do meio-campo e de dinâmicas e transições ofensivas, mas os madeirenses continuam a demonstrar alguma falta de organização em campo, sobretudo ao nível defensivo, onde voltaram a ser permeáveis. O empate de ontem aproxima cada vez mais os alvinegros de uma descida de divisão que parece ser inevitável, face à incapacidade da equipa para somar pontos de forma consistente.
Em relação ao jogo propriamente dito, um autogolo de Filipe Soares, aos 43 minutos, e um golo do hondurenho Bryan Róchez, aos 74, colocaram os madeirenses por duas vezes em vantagem, mas o venezuelano Nahuel Ferraresi, aos 62, e o brasileiro André Luis, aos 81, restabeleceram a igualdade. Apesar do ascendente madrugador do Moreirense, frisado apenas ao oitavo minuto, numa investida pela direita de David Simão finalizada com um remate em arco ao poste da baliza de António Filipe, a primeira parte desenrolou-se na direção da área minhota. Éber Bessa deu o primeiro sinal num livre direto para defesa atenta de Kewin Silva, aos 17 minutos. Depois, João Vigário atirou ao lado aos 20 minutos, após um remate inicial de Pedro Mendes bloqueado por Abdoulaye, para, aos 27, assinar novo livre descaído para a esquerda, desta vez na direção de Pedrão, que fugiu à marcação e tocou para a baliza ‘cónega’. No entanto, o lance viria a ser invalidado com recurso ao VAR que viu um fora de jogo de 10 centímetros e anulou a vantagem dos madeirenses, que seria consumada em moldes idênticos aos 43 minutos, num desvio infeliz de Filipe Soares ao livre na direita de João Vigário. O Moreirense mostrava fraquezas na contenção de lances de bola parada, parca criatividade, limitada a um disparo de longe inofensivo de Rafael Martins, e viu Danilovic e Éber Bessa ameaçarem nova contrariedade a caminho do intervalo. Os minhotos tentaram reverter o rumo dos acontecimentos na etapa complementar, embora a lentidão na circulação da bola tenha facilitado a tarefa defensiva madeirense, até que, aos 62 minutos, os livres laterais voltaram a fazer a diferença no marcador. António Filipe ainda defendeu a primeira investida de Abdoulaye a partir do flanco canhoto, o esférico embateu no poste e sobrou para a emenda fácil de Ferraresi, que estava em posição regular por 17 centímetros, de acordo com a indicação do VAR. Manuel Machado abdicou do trio de centrais para reforçar o setor intermédio e colheu frutos aos 74 minutos, quando Rúben Micael trabalhou na esquerda com Brayan Riascos, que ganhou espaço na área e assistiu ao remate frontal do recém-entrado Brian Róchez. A resposta do conjunto de Vasco Seabra demorou sete minutos, com Ibrahima Camará a fazer um passe longo em diagonal para o canhoto Abdu Conté, que cruzou atrasado para a finalização de primeira de André Luis, orientando o jogo para uma ponta final emotiva. Durante os nove minutos de compensação, Galego acertou no poste e Yan testou de seguida António Filipe, ao passo que Pedrão cabeceou por cima na derradeira jogada. O Moreirense continua sem vencer em casa sob o comando de Vasco Seabra - oito empates e duas derrotas - e é sétimo, com 37 pontos, podendo acabar esta ronda mais distante do sexto lugar, o último de acesso às competições europeias de 2021/22. Já o Nacional prossegue na 18.º e última posição, com 25, seis abaixo da zona de salvação direta e a quatro do 16.º e antepenúltimo, que valerá um play-off de permanência com o terceiro colocado da II Liga, quando restam nove pontos em disputa.