João Paulo Marques defende que os resultados da sondagem da Intercampus hoje divulgada no JM têm de ser interpretados “com alguma cautela” uma vez que ainda falta “muito tempo para as eleições” e está ainda por anunciar grande parte dos candidatos. Numa reação aos resultados que colocam o vice-presidente do Governo Regional, Pedro Calado, com uma vantagem superior a 11 pontos sobre Miguel Silva Gouveia, atual líder do executivo funchalense, João Paulo Marques identifica “um claro desencanto da população com o rumo que o Partido Socialista tem vindo a dar à cidade do Funchal”.

Realça também que o estudo revela “alguma preocupação em relação à continuidade deste presidente de Câmara à frente dos destinos da cidade”, lembrando que “o PS vem de uma maioria absoluta no Funchal, e, de acordo com esta sondagem, não só perde essa maioria absoluta como também perde a liderança da CMF”, havendo “uma passagem de uma maioria absoluta para uma derrota”. “Um sinal especialmente grave” tendo em conta que “os presidentes em exercício têm uma vantagem acrescida quando concorrem às eleições”, acrescenta.

No que toca a efeitos que esta sondagem poderá ter, o comentador do programa Política 5.0 da rádio 88.8 acredita que, do ponto de vista do PS, se cria “uma pressão adicional” à tarefa, que é “complicada por si só, da constituição de listas entre independentes e militantes”. Do ponto de vista do PSD, “parece-me que fica claro qual o melhor candidato, e eu estou convencido de que o PSD deve apresentar sempre, em eleições, aquele que é o seu melhor candidato”, conclui.