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Apr 23, 2021 - 2 minute read

Sobrinha de Sócrates exige herança da avó

Tânia Sócrates, mulher de António Pinto de Sousa, irmão falecido de José Sócrates, quebrou o silêncio pela primeira vez, tendo revelado ao Correio da Manhã que a sua filha mais nova exige receber tudo o que a avó Maria Adelaide Monteiro tem dado a Sócrates, uma vez que ela e a sua meia-irmã são também herdeiras dos bens do pai. Mãe da jovem reconhece que esta é uma batalha “muito difícil”, mas garante que não vai permitir que a filha saia prejudicada.

“Vou lutar por aquilo que é da minha filha. Aquilo que foi doado em vida ao outro filho também pertence às herdeiras, que são as netas”, disse, em declarações ao CM.

Recorde-se que o ex-primeiro ministro, o principal acusado da Operação Marquês, revelou ao longo dos anos que recebeu diretamente do cofre da mãe dinheiro para viagens e férias, a que se juntaram ainda outras doações da mãe ao filho no valor de 555 milhões de euros, depois da venda de vários imóveis.

De acordo com Tânia Sócrates a filha tem sido esquecida e em 2012 movimentou um processo contra a Maria Adelaide Monteiro, por esta ter levantado todo o dinheiro das contas bancárias tituladas por si e por António Pinto de Sousa, depois de este ter morrido. A avó da sua filha terá ainda, segundo a mesma, se apoderado de vários objetos que estavam na casa do filho da qual tinha a chave.

Maria Adelaide Monteiro recusou prestar declarações neste processo, que acabou arquivado por falta de provas.

 

Banco deixou ‘limpar a conta’

Depois de ter negado que existia um cofre em nome de António Pinto de Sousa e de Maria Adelaide Monteiro, irmão e mãe de José Sócrates, o BPI já admitiu que afinal este existia, aquando do processo investigado pelo DIAP de Lisboa.

O BPI esclareceu, no entanto, que o cofre pertencia apenas à arguida e não ao seu filho falecido (António Pinto de Sousa) então falecido, estando José Sócrates autorizado a utilizá-lo, já que disponha de uma chave.

Segundo avançou Tânia Sócrates, mulher de António Pinto de Sousa, a ‘sogra’ e o marido também possuíam dinheiro numa conta na Caixa Geral de Depósitos, a qual foi também esvaziada aquando o falecimento do seu cônjuge pela mãe.