António Guterres, secretário-geral da Organização das Nações Unidas, condenou “nos termos mais fortes”, ontem, o sequestro das 317 alunas sequestradas de uma escola pública no noroeste da Nigéria, exigindo a “libertação imediata e incondicional”. Em conferência de imprensa, Stéphane Dujarric, porta-voz de António Guterres, reiterou o entendimento de que as escolas “devem ser sempre um lugar seguro para aprender sem medo da violência”.
De acordo as autoridades nigerianas, as estudantes foram raptadas durante a invasão aos dormitórios de uma escola feminina no noroeste da Nigéria, tendo já sido colocada em marcha uma operação para as resgatar.
Segundo um porta-voz da polícia, foi enviada para Jangebe uma equipa das forças de segurança “fortemente armada” para “apoiar a operação de resgate em curso no local para onde as raparigas foram, alegadamente, levadas”.
“A polícia estatal de Zamfara e o Exército lançaram uma operação conjunta para salvar as 317 estudantes raptadas por bandidos armados do internato feminino de Jangebe”, afirmou o porta-voz da polícia local, Mohammed Shehu, num comunicado citado pela agência France-Presse.
O apelo de Guterres surge depois de também o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) ter pedido ao Governo da Nigéria para que assegure a libertação das alunas.
O representante da Unicef na Nigéria, Peter Hawkins, afirmou que a agência das Nações Unidas está ultrajada e triste o outro “ataque brutal” no país contra crianças em idade escolar.
Hawkins considerou que o sequestro das mais de 300 alunas é uma “terrível violação dos direitos das crianças e uma experiência horrorosa para os alunos” e que “certamente terá efeitos duradouros para o bem-estar e saúde mental” destes.
Trata-se do mais recente rapto de um grande número de estudantes, sob resgate, no país onde grupos armados aterrorizam a população que também roubam e pilham as povoações.