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Feb 10, 2021 - 3 minute read

Secretário de Mar e Pescas procura soluções para exportar atum rabilho

Iniciar o processo de criação do “expedidor certificado” ou optar pela instalação de uma nova máquina de “Raios X” no terminal de carga do aeroporto da Madeira que permita a leitura/verificação de produtos com peso superior a 200 quilos, são duas das soluções que o Governo Regional da Madeira tem entre mãos para decidir nos próximos tempos.

  O processo está a ser conduzido pelo secretário regional de Mar e Pescas, Teófilo Cunha, que esta semana reuniu-se, primeiro, com o presidente do consórcio Madeira Air que opera o avião cargueiro, António Beirão, para saber da capacidade da empresa para transportar novos produtos da pesca regional, em especial o atum rabilho, e já esta quarta-feira com o diretor do Aeroporto Internacional de Madeira Cristiano Ronaldo, Roberto Santa Clara.

A secretaria regional de Mar e Pescas quer valorizar a cadeia de produtos da pesca e da aquacultura da Madeira, e, nesse sentido, o atum rabilho é uma das apostas do executivo, cujo valor comercial é bastante alto no mercado nacional e internacional.

Trata-se de uma espécie de grande porte, que ultrapassa largamente os 200 quilos de peso, cujo valor comercial aumenta se chegar ao seu destino inteiro e em elevado grau de qualidade de conservação. Mas o seu peso é um obstáculo à exportação, já que a máquina de “Raios X” do terminal de carga do Aeroporto Internacional da Madeira só consegue ler produtos com o peso máximo de 200 quilos.

“O nosso objetivo é colocar fora da região produtos de excelente qualidade que nós temos e que não estão a ser devidamente aproveitados, falo do caso particular do atum rabilho”, declarou Teófilo Cunha, no final da reunião com o responsável do Aeroporto da Madeira, Roberto Santa Clara. “É um atum que no mercado regional não vai além dos 10 euros/kg, mas no mercado internacional pode chegar aos 100 euros/kg.”

O governante diz que a Madeira precisa de gerar riqueza e apostar em economias alternativas para criar postos de trabalho e por isso tem de trabalhar para oferecer produtos diferentes. “Da parte aérea o transporte existe, há capacidade, não há nenhum problema”, referiu. “Este tipo de produtos precisa de um transporte rápido para chegar ao seu destino no mais curto espaço de tempo, o problema mais premente está na limitação que existe na capacidade de verificação instalada no Aeroporto do Funchal, cuja máquina só lê até 200 quilos de peso”.

Teófilo Cunha diz que os problemas encontrados no decurso das reuniões de trabalho que realizou com o responsável da Madeira Air e o diretor do Aeroporto da Madeira são para resolver. As soluções apontadas, para já, passam por ser o próprio Governo Regional a criar uma entidade com o selo de “expedidor certificado”, ou esse papel ser assumido por um privado ou, por fim, a aquisição de uma nova máquina de verificação, com capacidade suficiente para ajudar à exportação dos produtos regionais e ao crescimento das empresas.