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Feb 26, 2021 - 2 minute read

Se a TAP é hoje uma companhia à deriva, a culpa é apenas do Governo de António Costa, critica Paulo Neves

“A única coisa que o Governo da República conseguiu, devido à sua falta de visão estratégica e ao seu fundamentalismo ideológico, foi transformar a TAP – que era uma grande transportadora aérea, sustentada em privados – numa pequena empresa pública que tem um custo de 2000 milhões de euros até ao final deste ano, pago e suportado pelos contribuintes Portugueses”. A afirmação é do deputado Paulo Neves que, na audição que teve lugar na Assembleia da República ao Presidente da Comissão Executiva da TAP, Ramiro Sequeira, deixou evidente o seu desagrado perante aquilo que é “a situação caótica em que a empresa se encontra mergulhada, devido à irresponsabilidade, falta de visão e fundamentalismo do Governo de António Costa”. Fundamentalismo que, no seu entender, “destruiu, infelizmente, a imagem e a performance de uma empresa que já foi referência no passado” e cuja gestão, nas mãos do Partido Socialista que governa Portugal, “não se vislumbra capaz de assumir o rumo necessário”.

A este propósito, vincou, “a contradição na gestão e organização desta empresa é gritante quando, por um lado, se injetam milhares de milhões de euros para manter o seu funcionamento, cortam-se despesas sem critério e em áreas fundamentais como a do pessoal ao serviço, as rotas ou mesmo as frequências e, ao mesmo tempo, se teima em manter vencimentos milionários a alguns profissionais que, além de incomportáveis para a companhia, são, no mínimo, moralmente questionáveis, à luz da grave crise económica que o País enfrenta”.

Paulo Neves que, tecendo duras críticas à forma como a TAP tem vindo a posicionar-se nos últimos anos, não deixou de lançar um apelo a Ramiro Sequeira no sentido de que “algo seja feito para repor os níveis de qualidade, de bom serviço e a boa imagem que esta companhia detinha”, afirmando, neste contexto, ser sua convicção de que nem tudo está perdido e que a TAP “ainda vai a tempo de se assumir enquanto parceira, por excelência, da recuperação económica de Portugal e, naturalmente, da Madeira”.

Neste enquadramento, o deputado eleito pelo PSD/M à Assembleia da República reiterou a necessidade de haver mais frequências para a Região, a preços mais competitivos, lembrando, ainda, as fundamentais ligações à Diáspora que não devem ser esquecidas neste processo de reestruturação.