A eurodeputada do PS reúne-se amanhã com Andrea Ammon, diretora do Centro Europeu de Prevenção e Controlo das Doenças (ECDC), no âmbito do seu trabalho parlamentar e dos processos legislativos na resposta da União Europeia à pandemia. De acordo com comunicado enviado ao JM pelo gabinete de apoio à eurodeputada, Sara Cerdas irá sensibilizar a diretora do EDCD para a correção dos números reportados que colocaram a Madeira ‘no vermelho escuro’, considerando que “não refletem a situação epidemiológica atual da Madeira, nem o nível de risco correspondente". 

Sara Cerdas entende que “foi uma situação pontual” decorrente do facto das instituições europeias tomarem decisões com base nos sistemas de notificação oficiais, neste caso a Direção-Geral da Saúde (DGS) que trabalha em articulação com a Direção Regional de Saúde (DRS).

“O risco identificado não é real para a Madeira, e obviamente que tem graves implicações sociais e económicas num panorama já debilitado devido à falta do turismo. Espero que a próxima reavaliação do ECDC reflita a situação real e atual da Madeira e não o nível de risco em que ficou colocada com base no acerto”, sustenta Sara Cerdas.

 

A madeirense considera ainda que “é importante que as autoridades de saúde regionais garantam que os casos são notificados atempadamente no SINAVE”, plataforma nacional onde os casos de COVID-19 são reportados, a fim de evitar futuras ocorrências deste género. 

 

Recorde-se que a Madeira ficou “no vermelho escuro” no relatório semanal do ECDC, a pior categoria da avaliação de risco e foi considerada a zona do país com maior incidência de infeções pelo SARS-CoV-2 por 100 mil habitantes. Segundo a DGS, no boletim epidemiológico, o problema foi “decorrente de intercorrências informáticas de um laboratório na região”, cujos números tiveram depois de ser regularizados e exigiram um acerto.