É uma boa notícia: a Madeira foi removida da lista negra de Inglaterra, mas esta decisão abrange apenas as viagens por razões profissionais e familiares. Deslocações por lazer só em maio. Portugal (incluindo Madeira e Açores) foram, ontem, removidos da lista de interdições às viagens de Inglaterra. A notícia é positiva, mas deixa de fora o mais importante para a Região: as deslocações para lazer.

“É uma boa noticia porque significa uma evolução positiva no caminho para a normalização dos constrangimentos da causados pela pandemia”, referiu ao JM-Madeira Eduardo Jesus, secretário regional do Turismo e Cultura.

Inglaterra passa assim a permitir viagens essenciais pra Portugal, abrindo a possibilidade de os residentes naquele país viajarem por razões profissionais e familiares.

Espera-se que as viagens de lazer sejam autorizadas a partir de 17 de maio. Até lá, sublinha Eduardo Jesus, esta decisão de Inglaterra representa um aliviar das restrições e permite alguma mobilidade.

Segundo a informação avançada, ontem, no site do Governo britânico, a decisão foi tomada “na sequência de indícios de que se reduziu o risco de importação de uma variante preocupante destes destinos” e pelo facto de “Portugal ter adotado medidas para mitigar o risco das suas ligações com países onde as variantes se tornaram uma preocupação e agora tem vigilância genómica em vigor”.

Todavia, as ligações aéreas não devem ser retomadas imediatamente, já que o Governo português prolongou até 31 de março a suspensão dos voos, comerciais ou privados, com origem ou destino no Reino Unido e Brasil.

Apesar deste alívio das restrições, o regime de confinamento devido à pandemia de covid-19 mantém-se em Inglaterra, pelo que continua a ser proibido viajar sem justificação válida, como férias, e a circulação está essencialmente limitada a nacionais e residentes dos dois países.

As pessoas que cheguem ao Reino Unido continuam também sujeitas a quarentena de 10 dias e três testes, um antes do embarque, e dois, ao segundo e oitavo dia da quarentena obrigatória de 10 dias, que pode assim ser feita na respetiva residência.

Portugal é o único país europeu numa lista de países africanos e sul-americanos cujas viagens para o Reino Unido estão proibidas para reduzir o risco de importação de variantes do novo coronavírus mais infecciosas e resistentes às vacinas, como aquelas descobertas no Brasil e África do Sul.