Só mesmo uma boa campanha na Liga dos Campeões para contornar as graves consequências deixadas pela pandemia de covid-19 nas contas dos clubes de futebol. Que o diga a SAD do FC Porto, que sem receitas de bilheteira ou de ‘merchandising’ conseguiu fechar o primeiro semestre da época de 2020-21 com lucros de 34,450 milhões de euros. Uma almofada financeira do outro mundo, se se tiver em conta que os ‘dragões’ registaram prejuízos na ordem dos 51,854 milhões de euros no período homólogo.Para a obtenção deste resultado, que deixa o FC Porto bem encaminhado no cumprimento do ‘fair-play’ financeiro da UEFA, foi determinante a prestação na Liga dos Campeões, em que arrecadou quase 56 milhões de euros, contra os 9,4 milhões do primeiro semestre da época passada.A SAD do Benfica, apesar de a equipa ter falhado o acesso à fase de grupos da Liga dos Campeões, fechou o semestre em análise com um resultado líquido positivo de 8,2 milhões de euros (ME), registando assim pelo sétimo ano seguido lucro na primeira metade da época.Para este resultado muito contribuiu a transferência do defesa central português Rúben Dias para os ingleses do Manchester City, por 68 milhões de euros. Contudo, nos primeiros seis meses da presente temporada, o passivo das ‘águias’ aumentou perto de 100 milhões (de 325,917 para 425,045), valor que acabou por ser compensado pelo aumento do ativo (de 487,066 para 594,426), ou seja, com o investimento realizado na equipa principal de futebol.Quanto à Sporting SAD, registou um resultado líquido negativo de 6,9 milhões de euros nos primeiros seis meses da época em curso, contrastando com o lucro de 2,8 milhões registado no período homólogo.