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Apr 30, 2021 - 3 minute read

Rui Barreto de “consciência tranquila”

Secretário regional de Economia reagiu, pela primeira vez, aos novos dados da recente polémica, em torno da omissão do empréstimo na declaração de rendimentos.
O secretário regional de Economia reagiu ontem, pela primeira vez, à notícia avançada na passada semana, pelo Expresso, de que o empréstimo recebido em 2019, da parte de César do Paço, atual financiador do Chega, não foi incluído na declaração de rendimentos apresentada ao Tribunal Constitucional, afirmando estar “de consciência tranquila”. “Eu vivo num estado de direito democrático, em que tenho obrigações, mas também tenho direitos, e acho que depois da poeira que se lançou, de algumas falsidades, devo, no recato e no respeito pelas instituições, prestar as devidas informações a quem de direito”, disse Rui Barreto, à margem de uma visita a uma empresa de equipamentos de hotelaria. 
 O governante sublinhou ainda que já prestou essas mesmas informações, justificando as razões pelas quais fez a declaração nos moldes em que fez. 
 Barreto acrescentou que se tiver de fazer alguma alteração assim o fará, mas que aguardará o tempo da justiça “com o recato que é devido”. 
 “Podem dizer o que quiserem, podem escrever o que quiserem, podem ofender o que quiserem, podem vomitar o que quiserem na comunicação social ou nas redes sociais. Sei o que fiz, porque o fiz, e se for caso de ter de alterar alguma situação, também o farei”, acrescentou. “Estou de consciência tranquila, não cometi nenhuma ilegalidade”, rematou. Mil candidaturas ao MeP-RAM As declarações de Rui Barreto foram feitas à margem de uma visita às novas intalações da Ampla, uma empresa de equipamentos hoteleiros. No final da visita, aos jornalistas, o secretário regional anunciou que o MeP-RAM - o apoio às micro e pequenas empresas dos setores mais afetados - que abriu na semana passada, “já registou mais de 1.000 candidaturas entradas num valor de 3 milhões de euros” Para o governante, a procura registada revela que as ajudas ao tecido económico regional “estão a chegar a todos os concelhos”.
Neste sentido, revelou ainda que o Governo está a desencadear um conjunto de novos apoios para “suster” o impacto da pandemia, que serão conhecidos em breve.
“Na Madeira, temos gerido a pandemia com a economia. Não encerramos atividades, mantivemo-las abertas com restrição do horário de funcionamento”, lembrou.
Barreto congratulou-se com o alargamento horário de recolhimento obrigatório, até às 22 horas, dizendo que vai permitir que “as empresas possam aumentar as suas atividades e os espaços de venda ao público, fazendo um retomar da economia, alinhado com a contenção da pandemia, com o rastreio e com o processo de vacinação”. FOTO SECRETARIA REGIONAL DE ECONOMIA