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Mar 16, 2021 - 3 minute read

Rogério Gouveia assume Finanças em Executivo sem vice-presidente

A Comissão Política Regional do PSD confirma esta semana Pedro Calado como cabeça-de-lista da coligação ao Funchal. A saída do vice-presidente, que só acontecerá pouco antes das Autárquicas, abre caminho a uma mini-remodelação no Executivo, com Rogério Gouveia a subir a secretário regional das Finanças. A designação de Pedro Calado como cabeça-de-lista à Câmara do Funchal, em nome da coligação PSD-CDS, ainda não foi ratificada pela Comissão Política Regional social-democrata nem anunciada por Miguel Albuquerque. A reunião da cúpula laranja deverá acontecer em breve, ainda esta semana.

Resolvidas as formalidades para o avanço de Pedro Calado, que sexta-feira passada dissipou no JM todas as dúvidas ao afirmar que as “calúnias orquestradas pelo PS-Madeira” o empurraram para assumir a candidatura, a discussão centra-se agora em como ficará o Executivo de Miguel Albuquerque com a saída prematura do seu vice-presidente.

Todos os cenários são possíveis, mas, segundo apurou o JM, ganha consistência a subida do atual diretor regional adjunto de Finanças, Rogério Gouveia, a secretário regional das Finanças. A mini-remodelação no Executivo liderado por Miguel Albuquerque incluiria, também, a supressão pura e simples do cargo de vice-presidente.

As mexidas na estrutura do Governo Regional são inevitáveis, confirmando-se a saída de Pedro Calado para a missão autárquica. Contudo, não é palpável que o atual ‘número dois’ de Albuquerque abandone as suas funções de coordenação governativa, com um número alargado de tutelas, com a antecedência comparável aos dois casos mais recentes de Rubina Leal, no primeiro governo de Albuquerque, e de Paulo Cafôfo, no início do seu segundo mandato na Câmara do Funchal.

As conjeturas a que o JM teve acesso preveem que Pedro Calado apenas deixe as suas funções executivas no Governo Regional muito perto do ato eleitoral – que nem sequer tem data definida ainda, podendo até vir a ser alvo de um adiamento de um ou dois meses, em relação à data inicialmente previsível.

O homem que se segue

Rogério de Andrade Gouveia, natural de Santana, completa este ano 42 anos. Licenciado em Gestão e Administração Pública, iniciou a sua atividade profissional na Secretaria Regional do Plano e Finanças, desempenhando funções no âmbito da Inspeção Tributária, em abril de 2004.

Em novembro de 2017 foi nomeado por Pedro Calado – que acabara de ser chamado ao Executivo por Miguel Albuquerque – como diretor regional adjunto de Finanças. Era o corolário de uma travessia em ascensão que o levou de diversas tarefas sempre no âmbito da Secretaria Regional do Plano e Finanças até ao posto de Inspetor Regional da Autoridade Regional das Atividades Económicas, a partir de 2015.

Antes, Rogério Gouveia desempenhara funções relacionadas com ações de planeamento e controlo de gestão na Direção Regional dos Assuntos Fiscais, de 2005 a 2007, foi formador no curso de especialização tecnológica de Banca e Seguros no polo do Funchal do Instituto de Educação Técnica e Seguros (2007) e desempenhou funções de Inspetor Tributário na Direção Regional dos Assuntos Fiscais (2007 ao início de 2010); depois, até junho de 2011, foi chefe de equipa de trabalho na área das avaliações ao património rústico e urbano.

Ainda no âmbito da DRAF, foi gestor de Devedores Estratégicos e chefe de divisão de Planeamento e Controlo e Gestão; assumiu depois as mesmas funções no Planeamento e Controlo e Gestão na Autoridade Tributária e Assuntos Fiscais da RAM, saindo dali para o cargo de Inspetor Regional das Atividades Económicas, em regime de substituição; mais tarde transitaria para Inspetor Regional da Autoridade Regional das Atividades Económicas.

Em 2017 foi chamado por Pedro Calado para a equipa de diretores regionais adjuntos, com Patrícia Dantas. Até ao final deste ano deverá assumir a pasta das Finanças, subindo a secretário regional.