madeira news

Apr 27, 2021 - 2 minute read

Retoma da Função Pública vai acelerar consumo, acredita a ACIF

A Associação Comercial e Industrial do Funchal (ACIF) está agradada com as medidas anunciadas, ontem, pelo Governo Regional que vão permitir um desconfinamento progressivo a partir da próxima segunda-feira. Para Jorge Veiga França, o regresso da Função Pública ao horário normal é uma medida de extrema importância porque vai potenciar o consumo na restauração e no comércio em geral, permitindo que estes setores se ‘segurem’ até à retoma turística que se prevê vir a acontecer em junho. A reabertura dos espetáculos culturais e das atividades artísticas, ainda que sujeitas a uma lotação de 50%, é também uma medida considerada positiva para a ACIF. Jorge Veiga França felicita o Governo Regional por ter prestado atenção às preocupações do tecido empresarial e acredita que o aligeirar das restrições à circulação vai “ajudar muito a economia” fortemente afetada pela pandemia. Satisfeito com as medidas anunciadas pelo Governo está também Márcio Nóbrega. “São muito bem-vindas estas medidas”, diz o empresário, embora considere que o ideal seria o fecho dos restaurantes às 22h30 para garantir algum tempo entre o encerrar da cozinha e o levantar das mesas. No entender de Márcio Nóbrega, a proibição do consumo de bebidas ao balcão, em pé, é uma decisão razoável porque fomenta menos a circulação e menos proximidade, garantindo maior segurança em termos de propagação do vírus. Com as portas abertas até às 22 horas, Márcio Nóbrega antevê agora alguma dificuldade no recrutar de funcionários. “Estamos a recrutar pessoas, mas a resposta às ofertas de trabalho tem sido escassa”, refere. No caso dos hotéis, a espera pelos turistas prossegue. Sérgio Costa, diretor-geral do Grupo Four Views, reconhece que as medidas ontem anunciadas são positivas para o setor da restauração, mas considera que o ideal seria adiar a reabertura por mais duas ou três semanas, empurrando-a para um ‘timing’ mais próximo do alcance da imunidade de grupo. O hoteleiro teme que o número de casos de covid-19 aumente na Região antes da retoma do setor turístico e espera que os madeirenses usufruam das novas regras com bom senso e ponderação.