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Apr 21, 2021 - 2 minute read

“República abandonou a Universidade da Madeira”, Nuno Maciel

No arranque dos trabalhos, na manhã desta quarta-feira, no plenário madeirense, Nuno Maciel saiu em defesa da Universidade da Madeira, com baterias apontadas para Lisboa e a majoração do apoio que nunca mais chega. Inicialmente, o deputado do PSD saudou a chegada do novo reitor, Sílvio Fernandes, que tomou no passado dia 14 deste mês de abril. “O seu sucesso é o nosso sucesso, as suas vitorias serão as vitórias da Região Autónoma da Madeira”, expressou.

“A nossa universidade é um pilar do desígnio da autonomia e um parceiro”, referiu, pedindo que “sejamos ambiciosos e façamos da excelência da académica a excelência”, referenciando que “o desenvolvimento da Região não seria completa sem a sua academia” frisou.

Aqui chegado, Nuno Maciel referenciou quer “a UMa depende diretamente da República, mas rapidamente se percebeu que o apoio regional era essencial”, pelo que a Região investe “há 30 anos por convicção, ciente que da governação nacional não se receberia o suficiente”.

Todavia, “há cinco anos se reclama pela majoração do apoio nacional”, mas constata que “a insensibilidade do ministro é atroz”.  A “República abandonou a Universidade da Madeira”, disse.

Nuno Maciel lembra que “no final de 2018, por iniciativa de um socialista inscreveu-se uma proposta de estudo. A típica medida socialista quando não se quer dar, criam-se estudos, passados estes anos bem estudos nem majorações”.

O deputado diz que são necessários “4,2 milhões de euros para fazer face aos seus custos”, mas que as verbas de Lisboa estão distantes desse valor e, para além disso, “está impedida de se candidatar a fundos europeus”.

Ou seja, “o Governo da República abandonou a Universidade da Madeira” que no atual ano letivo agrega “3.100 alunos, o maior numero de sempre”.

Esmiuçando os números, refere que a República apenas cobre “60% do orçamento”, quando a UMa só em salários utiliza “80% do seu orçamento”, ou seja, o que chega de Lisboa nem dá para salários.

Dia que a gestão vem sendo feita à custa “de saldos” que estão já esgotados”, falando numa asfixia financeira preocupante. Lembra que o Governo Regional apoia com 1,2 ME de euros, financiados pela Região, ao ensino superior, que não está regionalizado”, mais, “200 mil para o curso de medicina”.

“Não queremos favores, queremos igualdade, queremos poder concorrer aos apoios financeiros europeus, é hora de dizer basta”, clamou.