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Mar 3, 2021 - 3 minute read

PS Porto Santo: Indecisão na recondução de Idalino Vasconcelos é prova da avaliação negativa que PSD faz do Executivo

Num comunicado enviado às redações, o PS Porto Santo assume que há um assunto que une o partido ao PSD local, e “esse é a certeza de que o Porto Santo necessita de uma mudança nas próximas eleições”.  No entanto, diz o PS Porto Santo que esta difere na solução apresentada, com Miguel Brito a “personificar a única alternativa séria, credível e com capacidade para agregar várias vontades que rompam com o marasmo atualmente existente na ilha, fruto de quatro anos de governação do PSD”.

Como resposta às recentes declarações do PSD de Porto Santo que elogiam o trabalho do atual autarca, criticando de forma extemporânea e sem fundamento a observação feita por Miguel Brito à má gestão dos dinheiros públicos da autarquia, a concelhia do PS de Porto Santo recorda, do mesmo modo, o facto de haver a dúvida se o PSD irá apoiar a recandidatura do seu atual presidente, Idalino Vasconcelos, apesar deste já ter demonstrado publicamente a sua disponibilidade.  

Para o PS Porto Santo, este facto leva a crer que nem o seu próprio partido está satisfeito com o rumo de grande inércia e decisões erradas que a autarquia do PSD está a levar, traduzindo-se essa indecisão como o reconhecimento da incapacidade do atual presidente de liderar os destinos da autarquia.

Recorde-se que na semana passada o atual deputado da Assembleia Legislativa da Madeira, Miguel Brito, considerou que a Câmara Municipal do Porto Santo prejudica a população e empresas locais ao decidir não executar mais de 20% da receita de 2020, um excedente que transitou para o presente ano, num valor aproximado de 1.5 milhões de euros.

Para Miguel Brito, esta situação configura aquilo que é um modelo de operar com fins eleitoralistas por parte do PSD, colocando os interesses partidários à frente dos interesses da população, dando-se a coincidência desta cativação de verbas transitar para um ano de eleições autárquicas.

“Tal prejudica a população numa altura em que se exigia uma ação ativa da Câmara no apoio às empresas locais e à população. O município fez precisamente o contrário, decidiu não executar os investimentos previstos, nem reencaminhar essas verbas para o tecido económico, fortemente fustigado pela pandemia”, como referiu na altura o deputado natural do Porto Santo.

Na mesma nota, a concelhia do PS de Porto Santo sugere ao PSD local que se foque naquilo que é o trabalho que deveria ter sido feito pelo atual executivo e não foi.

“Mitigar a dupla insularidade e a carência de transportes; medidas concretas para combater a sazonalidade da sua principal atividade económica, o turismo, criando soluções para atrair investimento; combater a falta de projetos inovadores que criem empregos efetivos e duradouros; e projetos que incrementem a qualificação e mais oportunidades de criação de emprego”, remata o PS Porto Santo no referido comunicado. 

 

Para Sofia Dias, presidente da concelhia de Porto Santo: “Esta é a agenda de trabalho de Miguel Brito e de toda a equipa do PS de Porto Santo e temos a convicção que aquando do próximo ato eleitoral os porto-santenses saberão escolher quem tem a capacidade para desenvolver a ilha com critério e trabalho”.