No arranque dos trabalhos no plenário madeirense, na manhã desta quarta-feira, Sérgio Gonçalves voltou a questionar o Governo Regional para onde foi o dinheiro do empréstimo contraído. O deputado do PS disse que “em 2020, com a justificação e medidas de combate à pandemia, o Governo Regional socorreu-se de um empréstimo”, em muito explicado pela “quebra de receitas fiscais e os próprios apoios” económicos e sociais.

Ora, Sérgio Gonçalves diz que “afinal a quebra da receita fiscal ficou-se pelos 103 mil euros e os valores das medidas foi de 137 milhões de euros”.

Ou seja, conforme as suas contas, “foram 240 milhões de euros”, aos quais adicionou outros valores, para concluir que faltam 218 milhões de euros”. “Para onde foi o dinheiro”, foi a questão que deixou.

Para além desta questão, o deputado socialista, para o “pior desafio das nossas vidas” conta com o Plano de Recuperação e Resiliência, ao qual associa um conjunto de interrogações.

“São 770 milhões de euros, resultado de uma discriminação positiva às regiões autónomas, com 5% do valor total, quando representam apenas 2,5% da população”, constatou. Mas lembra que nos Açores e no Continente haverá envolvimento das autarquias, “com 30% de execução”, além dos “10% para as regiões autónomas”, enquanto que na Madeira “a opção foi outra, com o Governo Regional a assumir a totalidade da execução, em investimento publico”.

Assim, “resta às outras empresas se candidatarem às linhas nacionais, de 130 Milhões de euros, reservadas à Madeira”.

Outro ponto de discórdia: a comissão de acompanhamento à execução do Plano de Recuperação e Resiliência. “A comissão proposta pelo PS foi aqui chumbada”, mas no dia seguinte o Governo Regional anunciou que iria constituir uma comissão”, criticou Sérgio Gonçalves.