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Mar 2, 2021 - 3 minute read

PS fecha escolhas em duas semanas

A expetativa do coordenador autárquico do PS Madeira, Duarte Caldeira, é que na primeira quinzena deste mês fique fechada a escolha dos cabeças-de-lista para as câmaras municipais da Região nas eleições autárquicas do final do ano. Neste momento, estão confirmadas as recandidaturas de Célia Pessegueiro, na Ponta do Sol, de Emanuel Câmara, no Porto Moniz, e de Ricardo Franco, em Machico, bem como os nomes de Miguel Silva Gouveia, no Funchal, e de Miguel Brito, no Porto Santo.

Falta, por isso, a direção regional dos socialistas confirmar quem irá disputar os concelhos de Santa Cruz, Câmara de Lobos, Ribeira Brava, Santana, São Vicente e Calheta.

Embora ainda não estejam oficialmente apresentados, em setembro de 2020 o JM adiantou quem estava mais bem posicionado para enfrentar o embate autárquico. Por exemplo, o nome de Miguel Brito foi avançado para o Porto Santo, notícia que, entretanto, já foi confirmada pelo PS.

Nessa mesma publicação, o JM avançou para a Ribeira Brava Olga Fernandes, como a candidata mais forte, e Sofia Canha para a Calheta. A confirmar-se, Sofia Canha volta à luta pelo poder no maior concelho da Região e Olga Fernandes estreia-se na corrida autárquica a este nível.

O nome de Tânia Freitas, apontado para Santana, poderá, contudo, ficar pelo caminho. Ao que apurou o JM, os compromissos profissionais desta médica veterinária estarão a levá-la a afastar-se da ideia, ganhando força a possibilidade de acabar por não abraçar uma hipotética candidatura à Câmara de Santana.

Ontem, ao JM, Duarte Caldeira não quis comentar o assunto, tendo apenas dito que o cabeça-de-lista à Câmara Municipal do concelho nortenho “poderá ser como poderá não ser” Tânia Freitas.

Quanto aos municípios de São Vicente, Santa Cruz e Câmara de Lobos, mantém-se a incógnita. A cumprir-se a expetativa do coordenador do núcleo autárquico do PS-M, as dúvidas deverão ser dissipadas dentro de duas semanas.

Com a pandemia a atrasar o processo de escolha dos candidatos, Duarte Caldeira revela que continuam as reuniões com várias concelhias.

O Funchal, por ser a capital da Região e o concelho mais populoso, concentra maior atenção. Há dois mandatos que o PS apoia a coligação vencedora no Funchal. As duas eleições foram ganhas por Paulo Cafôfo, atual presidente do partido, que saiu do Município do Funchal para disputar o poder regional nas eleições de 2019.

Miguel Silva Gouveia substituiu-o desde então, e vai enfrentar pela primeira vez eleições como cabeça-de-lista.

De acordo com o coordenador socialista das autárquicas, Gouveia terá a “liberdade” de escolher a sua equipa para a vereação.

“O PS não vai impor nem se opor a nomes para o Funchal, a não ser que seja alguém fora da linha” ou que tenha um pensamento oposto ao do PS – disse. Certo é que o partido “não vai indicar nenhum nome”.

Apesar da liberdade dada e de a escolha da equipa ser feita “essencialmente” por si, Miguel Silva Gouveia terá, no entanto, de recolher a “concordância” dos partidos que vierem a compor a terceira coligação.

Mas antes disso ainda é preciso definir quais os partidos que irão formar a coligação. Com o PSD e o CDS a formarem uma coligação à direita e o aparecimento do Chega!, a esquerda também quer formar um bloco. As negociações continuam, mas sabe-se que a CDU e o JPP já se distanciaram da coligação à esquerda. O BE e outros partidos com menor representatividade mantêm-se nas conversações.

Não obstante, Duarte Caldeira admitiu que a coligação para as próximas eleições possa ser ainda mais alargada do que a atual.