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Mar 15, 2021 - 3 minute read

PS defende que Madeira deve adaptar fundos europeus para apoiar empresas

O PS voltou a defender hoje a necessidade de a Região adaptar os fundos europeus e direcioná-los para o apoio ao tecido empresarial. Numa conferência de imprensa, realizada esta manhã, Carlos Pereira, deputado do Partido Socialista-Madeira à Assembleia, apontou a importância de ser criado um fundo de recuperação e recapitalização de empresas, mais explicando que há apoios no quadro nacional que, por serem financiados por fundos europeus, não têm alcance na Região

Recordando que a gestão dos fundos europeus está regionalizada, o deputado sublinhou que “as autoridades regionais devem adaptar esses apoios, para que as empresas da Região não fiquem prejudicadas nem sejam discriminadas negativamente”.

Carlos Pereira referiu ainda que no continente há um alargamento de apoios a fundo perdido em matérias que são também muito importantes para as empresas madeirenses, como por exemplo no que diz respeito às rendas comerciais, mas que a Madeira ainda não está em vigor nenhum mecanismo semelhante, o que cria um problema para as empresas que têm estes encargos e estão em desigualdade de circunstâncias em relação às empresas do continente.

Nas palavras do deputado, estes tratam-se de “meios importantes que devem e têm de ser adaptados à Região, de modo a que as nossas empresas não fiquem em desvantagem relativamente às do continente e não tenham mais dificuldades em recuperar, em garantir a manutenção do emprego e, por essa via, os rendimentos de milhares de famílias”, sublinhou, reiterando a necessidade de acelerar estes mecanismos.

Mais defendeu um fundo de recuperação e recapitalização de empresas e lembrou as notícias que apontam para a existência de 20 hotéis à venda na Madeira, apontando para a importância de criar um fundo público, que implique a tomada de posições da Região em determinados setores – como o do turismo – de maneira a “manter a salvaguarda da capacidade produtiva da Região, neste caso a capacidade de oferta turística, para, quando existir a retoma, podermos estar em condições de aproveitar esse aumento da procura que todos esperamos que venha a acontecer”.

Não obstante estas propostas, o também vice-presidente da bancada socialista em São Bento adiantou que há medidas de apoio à economia, aos trabalhadores e ao emprego apresentados no plano nacional e que têm alcance na Região Autónoma da Madeira. Exemplos disso são os apoios relacionados com as questões fiscais, nomeadamente os pagamentos em prestações, sem juros, do IVA, IRS e IRC. Além disso, estão suspensas as execuções fiscais e é possível um pedido de carência de dois meses dos planos prestacionais que estão em vigor.

 Carlos Pereira deu ainda conta que o apoio à retoma progressiva foi prorrogado até setembro, que os setores do turismo e cultura estão isentos da Taxa Social Única, que as grandes empresas com quebras superiores a 75% têm uma redução de 50% na TSU e que está disponível para as empresas um incentivo de dois salários mínimos.