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Feb 20, 2021 - 2 minute read

PS contesta adiamento das viagens do Lobo Marinho entre Madeira e Porto Santo

A travessia marítima está prevista retomar a 1 de março. O PS - Madeira não compreende a decisão do Governo Regional em determinar o adiamento da ligação marítima entre a Madeira e o Porto Santo para 1 de março. Segundo o deputado Miguel Brito esta é uma situação que não agrada a população e que aflige os empresários locais, dados os problemas que já enfrentam em resultado da crise sanitária.

O deputado Miguel Brito diz-se surpreendido com esta decisão que não vai ao encontro das expetativas da população, especialmente dos empresários locais que se encontram em completo sufoco financeiro.

“Se o navio Lobo Marinho chegou ao arquipélago na semana passada, a tripulação já teria, neste momento, cumprido o isolamento profilático de 5 dias”, afirma. O parlamentar não vê qualquer razão para que os porto-santenses tenham de ficar ainda mais alguns dias isolados de transporte marítimo, aludindo assim ao tempo em que o navio esteve em manutenção fora da Região.

“Estamos a falar de mais 10 dias sem ligação marítima, muito significativos para a dinâmica da ilha, porque as empresas locais não sobrevivem apenas com o mercado interno porto-santense”, afirma.

Manifestou a sua perplexidade, sobre o silêncio do presidente da Câmara Municipal do Porto Santo, nesta matéria, que “se mostra incapaz de assegurar, junto do Governo Regional, os legítimos direitos da população do Porto Santo”, disse.

O parlamentar reforçou ainda a incoerência de Eduardo Jesus, secretário regional do Turismo e Transportes que aquando do cancelamento de viagens pela companhia aérea Binter, tomou posição imediata, “insurgiu-se contra a Secretaria de Estado a nível da República para restabelecer a ligação e, agora, não reclama a continuidade do serviço público que, obrigatoriamente, tem que ser salvaguardado pelo Governo Regional”, acusa.

Miguel Brito considera que os porto-santenses têm demonstrado um comportamento exemplar, cumprindo todas as normas de proteção e a situação epidemiológica atual é favorável a uma reabertura equacionada com medidas de saúde pública sólidas.

Considera que “é forçoso acelerar o processo de vacinação no Porto Santo para que se possa atingir imunidade elevada da população da ilha”, defende. O parlamentar recusa “o contínuo isolamento por parte do governo regional”, sendo que, estando agora, praticamente, livres de covid e a “imunização eficaz da população” iria contribuir à promoção do destino turístico como “ilha segura”.