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Apr 12, 2021 - 3 minute read

PS congratula 'Xarabanda' pelos 40 anos ao serviço da música e da cultura madeirense

O Grupo Parlamentar do Partido Socialista deu entrada, na Assembleia Legislativa da Região Autónoma da Madeira, a um voto de congratulação pelo 40.º aniversário da associação ‘Xarabanda’. Nesta congratulação, a deputada Marina Barbosa enaltece o “trabalho notável” que a associação tem desenvolvido ao longo dos últimos 40 anos em prol da cultura tradicional madeirense, principalmente na defesa e promoção do Património Musical da Região, prestando homenagem a todos aqueles que dão vida e que, de alguma forma, estiveram e/ou estão ligados a este projeto de excelência".

Os primórdios dos ‘Xarabanda’ remontam a 1981, com o surgimento do grupo de intervenção cultural com a designação de “Algozes”, que tinha como principal objetivo procurar as suas raízes e reforçar a identidade regional, tendo como fundadores, João Viveiros, José Camacho, Rui Camacho, Eleutério Corte e Carlos Pereira, aos quais se juntaram também João Luís Aguiar, Joel Camacho, Ezequiel Pereira, Guida Batista, Fátima Vasconcelos, Rui Alas e Jorge Martins.

Inicialmente, o seu repertório era composto por temas populares e tradicionais, a par de composições de cariz tradicional de autoria de João Viveiros, elemento do grupo, à imagem dos seus congéneres do continente. Entretanto, alguns elementos do grupo iniciaram um trabalho de recolha de canções tradicionais, um pouco por toda a ilha, visto existir uma enorme vontade e paixão pela descoberta da nossa tradição musical. Este foi o ponto de partida para que o grupo tenha decidido deixar os temas originais, optando por seguir um repertório exclusivamente dedicado à tradição.

Em 1990, o grupo criou a associação e mudou o nome, tendo assim surgido a “Associação Musical e Cultural Xarabanda”, com as presenças de João Manuel Almeida Viveiros, José António Soares Camacho, Jorge Manuel Gouveia, Helena Maria da Silva Barbosa Camacho, Luís Alberto Gouveia Nunez, Mário André Nóbrega Rosado, Maria Isabel da Silva Gonçalves, Maria do Carmo Lemos Vieira Gouveia, Rui Alberto Camacho e Virgílio Nóbrega Caldeira.

Desta feita, passaram a estar assentes como objetivos da associação a pesquisa e investigação da música tradicional, o ensino de instrumentos musicais da tradição madeirense, ações de formação na área da música e dos instrumentos populares madeirenses e a edição de um cancioneiro popular de tradição oral do Arquipélago da Madeira.

Um ano depois, em 1991, teve início uma nova fase dos “Xarabanda”, sempre com o foco no trabalho musical, mas alargando o seu âmbito também a outras áreas da cultura tradicional, como o artesanato e as festividades.

Um dos momentos altos na sua história foi, em 2002, a declaração da utilidade pública da “Associação Xarabanda”, dado prestar um serviço público, desenvolver atividades de recuperação, de promoção e divulgação da cultura tradicional madeirense, principalmente na defesa e promoção do Património Musical da Região.

O trabalho da associação tem sido reconhecido com vários prémios e condecorações, entre as quais a de Membro Honorário da Ordem do Mérito" (2018), atribuída pelo Presidente da República, no Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas.

“A Associação Xarabanda, bem como todos aqueles que fazem parte da mesma e que, de alguma forma, contribuíram e continuam a contribuir para o êxito deste grupo, estão de parabéns e merecem o nosso reconhecimento público, porque têm desenvolvido um trabalho de extrema importância na defesa, preservação e promoção do património cultural madeirense e estão a contribuir para despertar do interesse de novos praticantes de instrumentos tradicionais madeirenses”, vinca a deputada Marina Barbosa.