A vacinação dos professores começa hoje no Porto Santo, serão 189 os docentes que vão ser inoculados pela primeira vez com a vacina contra a covid-19. Ontem, ao início da tarde, o Centro de Congressos já estava pronto para receber as quatro centenas de pessoas que vão receber a vacina, entre primeiras e segundas doses.
Uma docente ouvida pelo JM manifestou-se receosa, mas vai lá estar, segura de que todas as dúvidas que tem ser-lhe-ão esclarecidas, nomeadamente o facto de ser alérgica à penicilina. No total, serão aplicadas 425 doses, destas apenas duas serão destinadas a residentes do Lar da Misericórdia, que vão levar as respetivas segundas doses. Pedro Ramos presente À semelhança do que fez no arranque da vacinação, o secretário regional da Saúde e da Proteção Civil, Pedro Ramos, marcará presença, às 9h00. Pelas 12h00, estará no quartel dos Bombeiros Voluntários. Com o governante estará o delegado de saúde, Rogério Correia, que no início da semana, em declarações ao JM, sublinhou a importância da vacinação. Os porto-santenses, que neste momento vivem uma Páscoa invulgar (mesmo assim melhor do que a de 2020), com pouca afluência de turistas, muito anseiam por se verem livres do recolher obrigatório às 19h00 (nos dias de semana) e às 18h00 (nos fins de semana) e por poderem jantar fora ou desfrutar das esplanadas até mais tarde. Rogério Correia sabe de tudo isso mas não se cansa de repetir que a pandemia continua muito ativa à volta do Porto Santo e por isso é preciso proteger a ilha ao máximo. Tempo passa e plano avança O médico lembra que à medida que o tempo está a passar, também a vacinação está a decorrer, pelo que, recorde-se, conta em abril ter 25% da população vacinada e 50% no verão, cerca de 2.500 pessoas. Fazer com que os porto-santenses possam na época alta recuperar parte do que têm perdido até ao momento, em termos de rendimentos e de lazer, é algo pelo qual a autoridade de saúde da ilha se diz debater, sem perder de vista a saúde pública e sem hipotecar (ainda mais) o futuro. Rogério Correia lembrou também esta semana a reviravolta que o Porto Santo sofreu entre o final de dezembro e o início de janeiro com apenas dois casos, acabando também por lamentar uma morte, depois de ter havido desconfinamento. Rui Barreto lança apelo Pela forma natural de ser dos porto-santenses ou de quem procura a ilha como local de bem-estar e de relax, o médico insiste que o controlo de uma rede de contágio no Porto Santo, sem restrições, é muito difícil de fechar. A população é reduzida e facilmente as pessoas se cruzam umas com as outras nos restaurantes, bares e demais estabelecimentos. Quem também está na ilha e disse que o Governo Regional está a fazer de tudo para que os porto-santenses tenham boas notícias, relativamente ao recolher obrigatório, é Rui Barreto, secretário regional da Economia. Este governante vislumbra para breve “boas notícias”, relativamente a futuras orientações, e também reforça o apelo de compreensão aos empresários que estão a sofrer com o impacto das restrições. FOTO JM