O jornal peruano El Comercio deu a conhecer, esta semana, a história de Jorge Izaguirre, um professor que continuou a dar aulas té ao último momento da sua vida. Mesmo estando infetado com covid-19, que o obrigada a estar dependente de uma botija de oxigénio, o docente mantem a sua atividade laboral virtualmente, morrendo dois dias depois de fazer o último exame.

Segundo a publicação, o professor dava aulas na Faculdade de Contabilidade da Universidade Nacional Mayor de San Marcos, no Peru e sofria de uma doença cardíaca.

Apesar de ter parado de dar aulas quando ficou infetado com o novo coronavírus em janeiro, Jorge Izaguirre acabou por voltar ao cargo, quando percebeu que o professor substituto não estava a cumprir as suas funções.

“Dissemos-lhe para parar. Não, quero continuar, disse-nos. E continuou. Dava aulas online três vezes por semana a turmas. Por média, eram seis horas diárias. Fez o exame final para terminar as aulas e, a partir daí, começou a sentir-se mal. Se antes precisava de quatro litros de oxigénio, de repente passou para os nove litros e tivemos que o levar para o hospital”, contou uma das filhas ao El Comercio.

Jorge Izaguirre acabou por morrer 17 de fevereiro no hospital, já com um teste negativo à covid-19, mas com fibrose e um derrame pleural.