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Feb 21, 2021 - 4 minute read

Procura pelas casas de abrigo aumentou 113% em 2020

As Casas de Abrigo disponibilizadas pelo Governo Regional continuam a registar imensa procura e a assinalar números crescentes de utilização, não obstante as regras de utilização impostas pela pandemia que chegou à Madeira em março de 2020. Em 2019, as sete casas estiveram ocupadas 272 dias enquanto que em 2020, o número subiu para os 310 dias. O que corresponde a mais 113%. As Casas de Abrigo disponibilizadas pelo Governo Regional continuam a registar imensa procura e a assinalar números crescentes de utilização, não obstante as regras de utilização impostas pela pandemia que chegou à Madeira em março de 2020. Em 2019, as sete casas estiveram ocupadas 272 dias enquanto que em 2020, o número subiu para os 310 dias. O que corresponde a mais 113%.

Ao JM, a Secretaria Regional de Ambiente, Recursos Naturais e Alterações Climáticas, através do Instituto das Florestas e Conservação da Natureza (IFCN), diz que, não obstante este aumento na taxa de utilização destas casas, importa referir o facto que, em 2020, após cada utilização, as referidas infraestruturas ficam indisponíveis quatro dias para desinfeção e limpeza, medida fundamental e necessária no âmbito da covid-19. “Registamos uma grande procura das casas de abrigo durante o ano de 2020, durante a pandemia, pois as mesmas serviram de zonas de escape e fruição da natureza por parte da população que em muitos casos encontrava-se impedida de procurar outros destinos para férias”, afirma Manuel Filipe, presidente do Instituto das Florestas e Conservação da Natureza. O mesmo acrescenta que os valores poderiam ser ainda maiores, caso não fosse necessário o período de quatro dias para limpeza e desinfeção das casas após a sua utilização.

“Contudo, o Governo Regional não facilita e o IFCN cumpre escrupulosamente este período determinado pelas autoridades de saúde como preventivo”, explica. Questionado se cada casa só pode ter elementos da mesma família, Manuel Filipe diz que, aí, o IFCN não se mete. Há casas com dois quartos e outras com cinco e quem faz a inscrição é o responsável por tudo o que possa acontecer ali. No entanto, são feitas fiscalizações e embora a necessidade de pertencerem todos à mesma família não seja uma obrigação seguida à risca, um facto que não foram, até agora, detetados ajuntamentos ou outras iniciativas que possam colocar em perigo a saúde pública.

A casa mais procurada continua a ser o Abrigo do Pico das Pedras, com 104 dias de ocupação em 2020 e 99 dias em 2019, seguida da casa de abrigo dos Cedros, no Montado do Pereiro, com 80 dias de ocupação em 2020 e a casa de Abrigo da Rocha do Navio com 47 dias também em 2020. Contudo, esta última viu penalizada a sua ocupação no último ano, comparada com os 64 dias de ocupação em 2019, devido à inoperacionalidade do teleférico durante vários meses, sendo este um dos únicos meios de transporte para lá chegarmos.

O Instituto das Florestas e Conservação da Natureza realça ainda, nas declarações ao JM, que estas são as casas que possuem energia elétrica, “facto que, em nosso entender, contribui para estas taxas de ocupação”. “As sete infraestruturas que estão acessíveis pelo preço simbólico de 25 euros/dia, tiveram ocupação praticamente todos os meses do ano, tendo os de maior ocupação em 2020, sido julho, agosto e setembro, com um total de 51, 49 e 48 dias respetivamente, em contraste com o ano de 2019, em que o mês de maior ocupação foi abril, com 36 dias de ocupação nas sete casas”. No oposto, o mês de menos ocupação foi o mês de janeiro, em ambos os anos, com 15 dias em cada.

O Governo pretendeu disponibilizar estas infraestruturas à população, mediante uma cedência de utilização de curta duração, a um preço acessível, de estadias em refúgios onde a sintonia com a natureza é o maior atrativo.

Outro aspeto conseguido, conforme diz Manuel Filipe e com o intuito de simplificar e desburocratizar a marcação das casas, foi a possibilidade de reserva e pagamento a partir do portal simplifica do Governo Regional. Os meses de inverno costumam ser os mais fracos. Para já, as reservas ainda não têm grande visibilidade, conforme adianta Manuel Filipe.