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May 6, 2021 - 2 minute read

Presidente da Associação Académica da UMa pede mais alojamento e fim das propinas

Maior capacidade de alojamento, mais apoio financeiro aos estudantes e eliminação das propinas foram algumas das sugestões deixadas pelo presidente da Associação Académica, na cerimónia do Dia da Universidade da Madeira que decorreu esta tarde no Colégio dos Jesuítas. Segundo Alex Faria, entre os dias 24 de março e 10 de abril, várias associações académicas fizeram um inquérito sobre o impacto da covid-19 no ensino superior.  Em 4.090 respostas.

“Quase um terço dos inquiridos afirmou que os rendimentos em casa foram afetados pela pandemia, 19,3% causados pelo desemprego de um dos elementos do agregado familiar e 32,2% devido ao ‘lay-off’ e 27,5% pelo negócio familiar ter sido afetado. Além disso, cerca de 20% dos casos foi o próprio trabalhador estudante afetado”, revelou o representante dos estudantes.

Apesar de a pandemia ter trazido novos entraves para o ensino superior, Alex Faria afirmou que “muitos dos problemas  já existiam” e, “infelizmente agravaram-se”.

Nesse inquérito, destacou, as propinas e o alojamento foram apontados como os maiores custos, referindo que “a Madeira não é exceção”.

Disse que a residência da UMa, na Zona Velha, “além de ser distante acusa já dificuldades em responder às necessidades de todos os residentes”.

“Para que a UMa possa receber mais estudantes deslocados, a Ação Social necessita de uma maior capacidade de alojamento”, afirmou.

Neste sentido, abordou o projeto de execução de uma segunda residência universitária na Quinta de São Roque, considerando-a “fundamental”.

Sobre o fim das propinas, e apesar de reconhecer que, neste momento, seria “precipitado” acabar com as mesmas, até porque o valor das proprinas tem uma grande influência no cálculo das bolsas de estudo, Alex Faria disse ser a favor de uma “redução gradual das propinas, até que sejam eliminadas, com a devida compensação do orçamento das instituições de ensino superior”.

“As bolsas de estudo não podem servir apenas para pagar propinas. Devem servir para colmatar despesas vitais ao estudante e não à universidade”, salientou.

Em relação aos estudantes de mestrado, referiu ainda que o cáculo das bolsas de estudo deve ser igualmente repensado.

“Há colegas de mestrado que recebem um apoio social inferior ao próprio valor das propinas que pagam”, denunciou.