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Feb 15, 2021 - 2 minute read

Portugal fez, em média, cerca de 39 mil testes por dia em fevereiro

O mês de fevereiro regista até ao momento uma média diária de cerca de 39 mil testes de rastreio ao novo coronavírus, adiantou hoje a ministra da Saúde, Marta Temido, em conferência de imprensa sobre o processo de vacinação. “O nosso objetivo é manter um nível elevado de realização de testes. Ontem foram registados mais de 30.200 testes. Temos tido em fevereiro uma média diária de 39 mil testes e esta média diária só foi superada em janeiro, sendo que mesmo em meses com uma elevada incidência, como dezembro e novembro, as médias diárias ficaram abaixo”, afirmou Marta Temido.

Após o máximo de quase 77 mil testes atingido em 22 de janeiro, a ministra reconheceu a diminuição da procura nas últimas semanas e lembrou a revisão das normas de rastreio de contactos de risco pela Direção-Geral da Saúde, que entraram hoje em vigor, como forma de manter o ritmo do combate à pandemia.

“Agora temos um número de testes menor em termos daquilo que é a procura de testes nos vários pontos da rede. Foi por essa circunstância que optámos por solicitar orientações técnicas que permitissem alargar os testes independentemente do grau de risco dos contactos. Com a entrada em vigor dessas normas, não só os contactos de alto risco, mas todos os contactos independentemente do grau de risco devem ser sujeitos a teste”, observou.

Questionada sobre a capacidade disponível de meios humanos para realizar as estratégias de rastreio mais abrangentes e periódicas noutras estruturas, como escolas, a ministra da Saúde reconheceu a necessidade de uma gestão “eficiente” dos recursos.

“Temos de fazer uma utilização eficiente dos seus esforços para garantir que as prioridades não são desacauteladas. A realização dos testes nesses locais pode ser feita por profissionais de saúde ou entidades subcontratadas. Temos estas duas vias em cima da mesa, no sentido de garantir a melhor rentabilização possível dos profissionais”, notou.

Em paralelo, Marta Temido admitiu que os profissionais de saúde têm também de começar a retomar a atividade assistencial não covid, que foi, entretanto, suspensa com a terceira vaga pandémica no país.

“O Serviço Nacional de Saúde precisa de conseguir responder a essas necessidades. É totalmente indesejável mantermo-nos com números de utilização dos serviços de saúde na resposta à covid ainda do tipo daqueles que temos neste momento. Enquanto mantivermos este nível de pressão, teremos imensas dificuldades em garantir outros tipos de cuidados”, reiterou, apelando ao cumprimento contínuo das medidas de precaução.