madeira news

Mar 20, 2021 - 2 minute read

Porto Santo quer já fim do recolher obrigatório

Desconfinar O Porto Santo já está em condições para que sejam levantadas algumas restrições, nomeadamente nos horários de funcionamento e no recolher obrigatório. Esta é a opinião de Miguel Velosa, presidente da Associação de Indústria Comércio e Turismo, e de Rafaela Melim, presidente da Associação Empresarial daquela ilha. Ao JM, Miguel Velosa diz compreender as preocupações do presidente do Governo Regional, que não quer alterar qualquer medida restritiva antes da Páscoa, mas refere que tendo em conta o controle montado pela Direção Regional de Saúde nas entradas marítimas e aéreas (que tem tido sucesso na sua ação), “estão reunidas as condições para o início de um desconfinamento gradual”. E já. Miguel Velosa contraria Miguel Albuquerque quando aquele dá o exemplo da situação vivida no Natal. “Não é comparável com o momento atual, visto na altura não haver testes obrigatórios para os residentes no seu regresso ao Porto Santo”, afirma ao Jornal. Já acostumados com a dupla sazonalidade, os porto-santenses não estavam preparados para estes confinamentos e recolher obrigatório. “A falta de liquidez financeira e as obrigações fiscais dilaceraram por completo o comércio local. É urgente a ajuda financeira a fundo perdido e a redução dos impostos, pois de outra forma não haverá sinais de vitalidade empresarial. “Temos de evitar as falências, insolvências e o aumento do desemprego”, sublinha. A Associação Empresarial do Porto Santo discorda veemente da posição do Governo nesta matéria, uma vez que considera que estão reunidas todas as condições para desconfinar internamente e alargar o horário de funcionamento das empresas relacionadas com a restauração. A AEPS alerta para uma anunciada tragédia das empresas ligadas ao turismo dado que se depararam com a impossibilidade de trabalhar durante todo este período, com faturação quase nula, contraíram dívida para cumprir com responsabilidades e não tiveram o fluxo que anteriormente lhes permitiam preparar o penoso inverno. O JM tentou ouvir, sem sucesso, a Câmara Municipal do Porto Santo. Neste momento, aquela ilha tem um caso ativo de covid-19, dos 72 confirmados.