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Mar 10, 2021 - 2 minute read

Porto Santo: Comunistas enumeram falhas nos transportes

“A realidade insular da ilha do Porto Santo continua a ser marcada por graves constrangimentos quanto a um sector dos transportes aéreos e marítimos, vetor estratégico para a vida das pessoas residentes neste território e para o desenvolvimento económico e social”, constatou hoje  Edgar Silva, no Porto Santo. O coordenador do PCP-M apontou os diversos problemas que requerem resposta política resolutiva. Entre eles, o novo modelo de Serviço Social de Mobilidade que permite a concretização do chamado “bilhete corrido” para quem sai do Porto Santo.

“Por causa disso já foi tornado público o acordo com a SATA/TAP e a Binter. O problema que está colocado tem a ver com a insuficiência desta medida, porque a realidade é que ninguém pode obrigar as outras companhias que operam nas ligações entre a Região e o continente português, como a Transavia e a EasyJet, nomeadamente, a entrar em codeshare com a Binter”, sublinhou.

Deste modo, diz Edgar Silva, “acabará por limitar sobremaneira as ligações dos porto-santenses a Lisboa e Porto através daquelas duas companhias, que tem preços e horários mais atrativos do que a TAP”, importando “garantir que os decisores políticos criem condições para o alargamento da possibilidade do “bilhete corrido” a todas as companhias que operam na ligação entre a Região e o restante território nacional”.

O PCP pede também que a TAP deixe de ter “uma orientação puramente empresarial e apenas sujeita a regras de mercado” e defende   a reposição da ligação de sexta-feira, de Lisboa para o Porto Santo, e domingo à noite para Lisboa.

“Outro problema tem a ver com o transporte de mercadorias: um contentor entre Leixões/Lisboa e o Caniçal, na ilha da Madeira, custa cerca de 900 euros; o mesmo navio prossegue viagem e, quando regressa e passa na ilha do Porto Santo para deixar o mesmo contentor, em que ninguém tocou desde a origem, o preço é o dobro: cerca de 1800 euros”, refere ainda Edgar Silva, que no Porto Santo enumerou ainda outras lacunas dos transportes.