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Apr 3, 2021 - 2 minute read

Porto Santo: ARM diz que lixo em aterro acontece “há mais de 15 anos”

A empresa pública Águas e Resíduos da Madeira acaba de emitir uma nota sobre a notícia hoje publicada no JM a propósito das moscas que invadiram a ilha dourada. As muitas moscas que são visíveis por toda a ilha são também tema de conversa e de alguma especulação. Entre a comunidade local há quem considere que se trata de um fenómeno novo, outros admitem que se trata do resultado de lixo acumulado durante dois meses no Porto Santo, ou seja, durante janeiro e fevereiro quando o navio Lobo Marinho não fez o transporte de resíduos para a Madeira.

Desde o início da semana que o Jornal tem procurado explicações para a incómoda presença de tanta mosca no Porto Santo, mas sem sucesso. As autoridades de saúde rejeitam explicações e o secretário Pedro Ramos remeteu o assunto para o Ambiente. Ainda ontem, o Jornal procurou ouvir a ARM sobre este tema, mas sem sucesso.

Hoje, a empresa divulga um curto comunicado a que intitula de “esclarecimento à notícia”.

Na verdade, a nota, com três pontos, pouco esclarece. Apenas explica que “durante a paragem do navio que realiza o transporte marítimo entre o Porto Santo e a Madeira, os resíduos indiferenciados recolhidos não são acumulados, são tratados por deposição em aterro”

Adianta ainda que “a deposição em aterro é efetuada segundo as regras técnicas e a legislação aplicável, em especial à cobertura diária dos resíduos, recorrendo a escória (inerte) e terras.”

Por isso, conclui que “este é um processo realizado no Porto Santo há mais de 15 anos, com a entrada em funcionamento do CPRS e nunca houve registo de qualquer evento semelhante.”