INVESTIGAÇÃO Num espaço de três meses, a Polícia Judiciária apanhou dois homens na Madeira, um jovem português e um idoso alemão, acusados pela prática do crime de pornografia de menores agravado, depois de ambos estarem sinalizados por organismo internacional. O caso do jovem de 23 anos detido pela Polícia Judiciária (PJ) no passado dia 17 de fevereiro não está, no entanto, relacionado com o mesmo crime de um alemão, de 70 anos, que também foi detido pela Polícia Judiciária (PJ) no Funchal pela prática de crime de pornografia de menores agravado no ano passado. Apesar de serem dois crimes quase idênticos, não estão relacionados entre si, mesmo tendo em conta as muitas coincidências. Na passada quarta-feira, o Juiz de Investigação Criminal (JIC) do Tribunal da Comarca da Madeira mandou o jovem aguardar julgamento em liberdade, mas com apresentações semanais na esquadra da PSP, ficando este proibido de aceder ao grupo da internet com quem divulgava a pornografia. Pelo contrário, o alemão está em prisão preventiva desde outubro de 2020. Promoção na netAs medidas foram bastante distintas porque o alemão era um caso reincidente, por isso, o Juiz de Investigação Criminal (JIC) acabou por decretar a prisão preventiva. Em ambos os casos, através do departamento de investigação criminal do Funchal, a PJ revelou que a detenção foi “em flagrante delito” da prática do crime de pornografia de menores agravado, ambos no Funchal. A PJ do Funchal adiantou, ainda, que desencadeou ambas as investigações através da “sinalização por organismo internacional, de atividades suspeitas de indiciar a prática de crimes de pornografia de menores em meio digital”. Alemão confessa ‘doença’ Ao tribunal, o arguido alemão confessou não conseguir ‘libertar-se’ de uma doença e não conseguia deixar de aceder e promover os “suportes informáticos, contendo vários ficheiros de imagem e vídeo, relativos a pornografia infantil”. Acabou detido e depois preso na cadeia da Cancela, onde aguarda julgamento.