Pedro Ramos entrou ao ataque e logo à primeira pergunta explanou tudo o que a Região vem fazendo, no seu entender, em termos de crise pandémica. No arranque dos trabalhos na 5ª Comissão Permanente de Saúde e Assuntos Sociais da Assembleia Regional, Miguel Iglésias (PS) expôs que a discrepância dos números de casos positivos entre a contabilidade regional e os números da Direção Geral de Saúde(DGS) revela uma “total falta de transparência por parte da secretaria” registando que a discrepância dos números denotam uma grande falha do serviço e afetou a nossa credibilidade no reporte de dados a nível internacional, mormente nas “restrições de mobilidade entre países”.

O líder parlamentar socialista apelida de “irresponsabilidade tremenda” que, no seu entender, deixou a Região “afetada em termos económicos e turísticos”, tendo endossado as responsabilidades à DGS, naquilo que Iglésias diz ser uma prática comum “habitual no Governo Regional: chutar responsabilidades”.

Na resposta, Pedro Ramos disse logo que “o assunto que me traz aqui é um não assunto” e relaciona a audição com a “agenda partidária”.

Diz estar aqui “para prestar esclarecimentos sobre essa alegada discrepância porque os madeirenses merecem saber a verdade e não as mentiras do PS, com total falta de respeito pelos profissionais de saúde”.

Pedro Ramos lembra os “366 relatórios, 345 boletins informativos e 72 conferências de imprensa”, não percebendo onde está a falta de transparência, até porque, frisou, “o presidente do Governo e secretário regional não emitem notificações, logo não mentem”:

O secretário regional que tutela a Saúde elencou todo o processo na Região, exaltando as medidas preventivas antes de qualquer outra zona do país, “mesmo quando eramos criticados” por essas mesmas medidas.