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Apr 5, 2021 - 3 minute read

PCP quer Governo Regional a garantir promoção da saúde mental em contexto da covid-19

O PCP informou em comunicado que agendou para ser discutido e votado no plenário desta semana da Assembleia Legislativa da Região Autónoma da Madeira (ALRAM) um Projeto de Resolução que recomenda ao Governo Regional que garanta a promoção da saúde mental em contexto covid-19.  Na apresentação desta iniciativa parlamentar o deputado do PCP, Ricardo Lume, defendeu que “no atual contexto da pandemia da covid-19 intensificou-se e ampliaram-se as perturbações relacionadas com a saúde mental, revelando-se igualmente preocupante as pessoas que já tinham problemas deste tipo e que vão ter um impacto acrescido por força das circunstâncias.”

“O medo de ser infetado, de contagiar quem nos está mais próximo, de um eventual internamento e do sofrimento que lhe está associado e o inevitável medo da morte tornam expectável e até natural o agravamento e aumento dos problemas de saúde psicológica”, acredita o comunista, que refere portanto que “é razoável admitir que a pandemia covid-19 poderá comprometer a saúde mental, pelo que é indispensável que estejamos devidamente preparados para dar resposta a um problema cuja verdadeira dimensão está ainda por conhecer.”

Ricardo Lume defende que “é absolutamente indispensável mitigar o impacto que a pandemia tem na saúde mental, e encontrar respostas adequadas que contribuam para a saúde psicológica e o bem-estar, no contexto covid-19.”

Com intuito de dar resposta a esta nova realidade, o PCP agendou para ser discutido e votado no plenário desta semana na Assembleia Legislativa da Região Autónoma da Madeira um Projecto de Resolução que apela ao Governo Regional para que este “promova um maior envolvimento dos cuidados de saúde primários na prevenção e tratamento das perturbações depressivas e do humor, através de uma consulta, em cada um dos centros de saúde, especificamente dedicada ao diagnóstico precoce; que “dote adequadamente os cuidados de saúde primários em número de profissionais especialistas em saúde mental, nomeadamente de psicólogos e enfermeiros especialistas em saúde mental e psiquiatria;” que “envolva e defina o papel das unidades de cuidados na comunidade na promoção da saúde mental e prevenção da doença mental, através de uma melhor articulação com as restantes unidades funcionais e demais serviços locais de saúde mental”; que “promova nos cuidados de saúde primários uma consulta, em cada um dos centros de saúde, especificamente dedicada uma intervenção precoce na saúde mental da primeira infância e adolescência; que “promova mecanismos de articulação entre as Equipas de Saúde Mental da Infância e Adolescência e os cuidados de saúde primários, em contexto escolar no âmbito da saúde escolar; que “desenvolva um plano específico de prevenção do suicídio reactivo a crises económicas e sociais, criando apoios sociais que revertam a situação”; e que “promova iniciativas para eliminação do estigma e discriminação das pessoas com doença mental, por forma a integrá-las na comunidade.”